“Tudo caminha nesse sentido. Ainda não fechamos, mas tudo indica que o PMDB do Senado indicará o presidente, e o PT da Câmara indicará o relator”, afirmou. O petista também se posicionou contrariamente à possibilidade de aumento no número de membros da CPMI, de 15 para 17, como defende o PSOL. “Não acho razoável fazer uma CPI com muitos membros. Isso acaba inviabilizando os trabalhos do parlamento sob o ponto de vista do quórum”, destacou o líder.
Jilmar Tatto argumentou ainda que caso fossem ampliadas as vagas para 17 titulares e suplentes, os 34 senadores na comissão representariam quase a metade dos membros do Senado. A previsão é que a CPMI seja composta de 15 senadores e 15 deputados e igual número de suplentes.
Oposição– Ao responder à pergunta de jornalista sobre reclamações de integrantes da oposição sobre a divisão das vagas na CPMI, Jilmar Tatto lembrou que essa partilha obedece a um critério legal e eleitoral. “O regimento interno diz que a composição de uma CPI é proporcional ao tamanho da bancada de cada partido. A oposição é minoria no Congresso porque o povo quis. O que eles querem? Ser maioria no tapetão? Ferir o regimento interno e a vontade do eleitor?”, perguntou o líder petista.
De acordo com Tatto, as reclamações demostram a falta de vontade da oposição em apurar os crimes praticados por Carlinhos Cachoeira. “Eles (oposição) querem é fazer disputa política partidária. Isso é inaceitável. A oposição está ‘sangrando’ porque nos últimos anos adotaram um discurso moralista que agora se volta contra eles. A minha opinião, e da bancada do PT, é apurar tudo, doa a quem doer”, finalizou.
Héber Carvalho