Líder defende convocação de Policarpo Junior por CPMI do Cachoeira

jtattoD07082012 O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), defendeu nesta terça-feira (7) a  convocação do diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, para prestar depoimento na CPMI do Cachoeira, já que aparece em vários episódios envolvendo a organização criminosa do contraventor  Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlos Cachoeira.

“É impressionante a capacidade que esse jornalista tem de estar em coisa enroscada. Eu não sei se ele está envolvido ou não, mas tudo que tem enrosco,  grampo e arapongagem, ele está dentro. E paira uma dúvida, se é como jornalista ou membro do crime organizado”, disse o líder, no plenário da Câmara. Jilmar Tatto não quis fazer juízo de valor, mas ressaltou que está passando da hora de o jornalista explicar-se.

O líder lembrou que o juiz federal da 11ª Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha Santos, denunciou  semana passada ter sido chantageado por Andressa Mendonça, mulher do contraventor. Segundo o magistrado, Andressa disse que teria um dossiê contra ele preparado por Policarpo.  Esse dossiê foi usado por ela para pressionar o juiz  a soltar seu marido. Ela foi detida e está sendo processada. “Chegou a hora de convidar o jornalista para esclarecer tudo”, disse o líder  do PT.

 Ele lembrou que Policarpo Júnior aparece em gravações da Polícia Federal e seu nome está envolvido  com esquemas de grampos clandestinos para a elaboração do que a revista chama de “reportagem”.  O líder ressalvou que não se trata de cerceamento à liberdade de imprensa: “estamos falando que jornalismo é uma coisa, bandidagem, outra”, disse o líder. A convocação de Policarpo Júnior já havia sido defendida na semana passada pelo vice-presidente da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em razão da chantagem de Andressa contra o juiz. Teixeira disse que “com esse acontecimento, está colocada a relação do jornalista com a organização criminosa”.  

Os requerimentos de convocação do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, do presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, e de  Policarpo Júnior, para prestarem depoimento na CPMI, serão votados na próxima reunião administrativa do colegiado, marcada para a próxima terça, dia 14. A informação foi dada pelo presidente da CPMI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), na reunião desta terça (7), em resposta a questionamento do senador Fernando Collor (PTB-AL). Ao cobrar a apreciação dos requerimentos, Collor afirmou que “Roberto Gurgel prevaricou ao não investigar o envolvimento do ex-senador Demóstenes Torres (cassado recentemente pelo plenário do Senado) com a organização criminosa liderada por Cachoeira”. Equipe Informes –

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