Líder critica ação eleitoreira da oposição e sugere “passar Brasil a limpo”

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Foto: Salu Parente/PT na Câmara

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), usou a tribuna da Câmara mais uma vez nesta segunda-feira (31) para defender a Petrobras e criticar o que ele chamou de “ação eleitoreira e irresponsável do PSDB/DEM” para desconstruir a estatal. Em conversa com a imprensa, Vicentinho confirmou a disposição da Bancada do PT em ampliar o foco de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que está sendo proposta pela oposição para investigar a Petrobras. “É preciso incluir como objeto de investigação da CPI casos de corrupção envolvendo governos tucanos de São Paulo, Minas Gerais e do PSB, em Pernambuco”, defendeu.

Entre esses casos que seriam alvos dessa investigação, Vicentinho citou as denúncias de superfaturamento e pagamento de mega propinas no fornecimento de bens e serviços por um cartel de empresas às companhias de trens e metrôs de São Paulo, estado governado pelo PSDB há vinte anos- o caso chamado de trensalão tucano. Do mesmo modo, denúncias sobre irregularidade e corrupção envolvendo tucanos ligados ao senador e presidenciável tucano Aécio Neves na gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), além de irregularidades na gestão do Porto de Suape (PE), gerido pelo governo comandado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB).

“Nossa proposta é passar o Brasil a limpo, por isso, vou levar à nossa bancada a proposta de incluir no requerimento sobre a CPI um adendo para investigar as denúncias que envolvem os três casos”, disse. “Temos que colocar a verdade sobre a mesa para todo o povo saber”.  O líder do PT acrescentou que essa é uma alternativa que está em estudo. “Se regimentalmente o adendo não for viável, vamos analisar outras possibilidades, o importante é apurar tudo e não permitir que essa seja só uma CPI eleitoreira, contra a Petrobras”, enfatizou.

Nota Em plenário, Vicentinho fez questão de ler a nota divulgada pelos funcionários da Petrobras, em defesa da empresa, na qual afirmam que não deixarão a Petrobras “sangrar no ringue das disputas eleitorais”. No documento, a Federação Única dos Petroleiros cita que “os mesmos – PSDB e DEM -, que quando governaram o País fizeram de tudo para privatizar a Petrobras, trazem de volta à cena política antigas denúncias(…) São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobras uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais”, diz o documento.

Na nota os funcionários da Petrobras destacam ainda que, “quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobras, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino (…).  Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do País e o afundamento da P-36”.

Comunicado Vicentinho leu ainda dois comunicados da Petrobras, divulgados hoje (31). Um destaca que a Comissão Interna de Apuração, constituída em 13/02/2014, para averiguar as denúncias de supostos pagamentos de suborno a empregados da Companhia, envolvendo a empresa SMB Offshore concluiu que não foram encontrados fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras.

No outro, a Petrobras informa que constituiu, em 24/03/2014, comissão interna para apurar os processos de compra da Refinaria de Pasadena, no Texas. A comissão tem prazo de 45 dias para apresentar suas conclusões.  A estatal informa ainda que, desde dezembro de 2012, tem fornecido informações e documentos sobre o processo de compra da Refinaria de Pasadena à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público, à Comissão de Valor Mobiliários e aos parlamentares.

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Equipe PT na Câmara

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