Liberdade de expressão e de imprensa não pode acobertar crimes, avaliam petistas

Os deputados Dr. Rosinha (PT-PR) e Emiliano José (PT-BA) se posicionaram contrários ao argumento de integrantes da CPMI do Caso Cachoeira que, em nome da liberdade de imprensa e expressão, justificaram a não convocação do diretor da sucursal da Veja, Policarpo Júnior, para prestar esclarecimentos à comissão sobre sua relação com o esquema liderado pelo contraventor Carlos Cachoeira.

Policarpo Júnior foi pego nas interceptações telefônicas da Polícia Federal (PF), nas operações Vegas e Monte Carlo, que investigaram a rede criminosa liderada por Cachoeira e suas ligações com setores do Estado, empresas e mídia. As escutas comprovam a relação estreita entre o jornalista e a quadrilha de Cachoeira.

De acordo com Dr. Rosinha, autor de um dos requerimentos que pede a convocação do jornalista da Veja, os aliados de Policarpo Júnior usam a retórica de “cerceamento” à liberdade de imprensa e de expressão como proteção ao jornalista.  Para Rosinha, todos sabem que no Brasil a imprensa é livre e que não há nenhum poder de Estado querendo cerceá-la. “Se há alguém que tem que ser acusado de não respeitar a liberdade de imprensa, esse alguém é o jornalista Policarpo Junior”, constata Dr. Rosinha.

O petista diz que analisou com profundidade os diálogos entre Policarpo Júnior, Carlos Cachoeira, o sex-senador Demóstenes Torres (Ex-DEM) e demais membros da organização criminosa. Segundo o deputado,  a intimidade presente nos diálogos não corresponde ao que o jornalismo estabelece  como relação entre jornalista e fonte.

“Ele não usava os membros dessa organização como informantes. Havia uma relação de utilitarismo, ou seja, utilizava a organização e esta as informações que, após esses contatos, vinham a público nas edições da revista Veja”. Ainda, de acordo com Dr. Rosinha, a relação era de favorecimento e não de fonte. “O nível dessa relação não se pode permitir e Policarpo precisa se explicar”, defende o deputado.

O deputado Emiliano José acrescenta que o debate não pode ser feito de forma “simplista” como querem aqueles que se arvoram em defender o princípio da liberdade de imprensa para proteger  Policarpo Júnior.

“Não podemos dizer que o que está em jogo é a liberdade de imprensa, como se fosse verdadeiro. Estamos diante do crime largamente expresso, praticado por Policarpo Júnior. Os diálogos especificam a intimidade profunda e a cumplicidade total do jornalista com Carlos Cachoeira”, analisa  Emiliano José.

Benildes Rodrigues

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo