O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) ocupou a tribuna da Câmara na terça-feira (7) para demonstrar estranheza diante da omissão da grande imprensa sobre o desastre dos primeiros dias do governo ilegítimo e conspirador de Michel Temer (PMDB).
“O que percebemos pelos bastidores políticos e pelas manifestações que acontecem em todo o Brasil e também em outros países é que cresce a imagem positiva de Dilma como uma mulher altiva e guerreira que luta não só pelo seu mandato, mas também pelos direitos políticos e sociais conquistados por nosso povo”, observou Leonardo Monteiro.
O deputado enumerou, em seu discurso, as principais intenções que considera como trapalhadas do governo interino, como a privatização de estatais, a entrega do pré-sal aos interesses estrangeiros, reforma da previdência com arrocho nos direitos dos trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, Fies, Prouni e Pronatec e a criminalização e perseguição dos movimentos sociais.
O deputado disse ainda que, além de ter formado um ministério questionável do ponto de vista da ética e da moral, o governo interino e ilegítimo do golpista Michel Temer se mostra acuado e sem rumo. “A cada dia, surgem novas denúncias e fatos que deixam claro para a sociedade o perfil dos golpistas que querem governar o país sem ter os votos do povo brasileiro”, afirmou Monteiro, lembrando que na última semana o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e a secretária de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes foram citados em investigações do judiciário e também podem vir a deixar o Governo.
Leonardo Monteiro avaliou que a população brasileira não para de ser surpreendida com denúncias de desmandos praticados por aqueles que articularam o golpe contra a presidenta Dilma para tentar barrar as investigações de corrupção desencadeada pela Operação Lava Jato. O deputado se referiu à notícia veiculada nos meios de comunicação de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF a prisão dos principais caciques do PMDB.
“A PGR pediu a prisão de três senadores, do ex-ministro interino Romero Jucá, do ex-presidente José Sarney e do presidente do Senado, Renan Calheiros, em razão dos áudios gravados por Sérgio Machado que ficaram públicos nos últimos dias. Além deles, foi pedida a prisão do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha”, salientou o petista. “São quatro cardeais do PMDB, nomes influentes no governo interino e que em escala diferente tiveram participação no processo de afastamento da Presidenta Dilma”.
Para o deputado Leonardo Monteiro, é preciso ressaltar que, na verdade, não houve um golpe contra a presidenta Dilma e sim contra as políticas públicas inclusivas implantadas pelo Governo do presidente Lula e da presidenta Dilma nos últimos 13 anos.
Benildes Rodrigues
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