O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) criticou em pronunciamento no plenário a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de adiar o julgamento do fazendeiro Norberto Mânica, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de três auditores-fiscais e de um motorista do Ministério do Trabalho. O crime ocorreu em janeiro de 2004, na cidade de Unaí (MG), e ficou conhecido como chacina de Unaí.
O julgamento estava previsto para ocorrer na terça-feira, em Belo Horizonte. O STF decidiu adiar o júri até que o plenário do Supremo analise um pedido feito pela defesa de Norberto Mânica para transferir o julgamento para a Justiça Federal em Unaí, onde o crime ocorreu. “Estamos atentos e aguardamos a realização do julgamento, na esperança de que essa situação de impunidade não permaneça”, destacou o parlamentar petista.
O deputado Leonardo Monteiro manifestou apoio às declarações da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que afirmou que “a demora de nove anos para que os acusados de participar da Chacina de Unaí começassem a ser julgados “já é, em si, impunidade”.
No dia 31 de agosto, a Justiça Federal de Belo Horizonte condenou três réus acusados de participação no assassinato. Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda foram condenados por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha. A maior pena foi para Rios: 94 anos de reclusão em regime fechado.
Gizele Benitz