Representando a Comissão da Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara, o deputado Leo de Brito (PT-AC), realizou visita técnica às obras da ponte sobre o Rio Madeira, na segunda-feira (4).
Em agosto, a seca do manancial chegou a marcar 9, 61 metros, quando o normal é 15 metros. Preocupado com as consequências da estiagem, e com a possibilidade de haver desabastecimento no Acre, Leo de Brito requereu a CFFC que fizesse uma visita técnica a fim de fiscalizar e acompanhar o andamento das obras.
“Enquanto presidente da CFFC estive aqui no canteiro de obras algumas vezes, sempre acompanhando de perto o andamento do processo. A obra teve início ainda no governo da presidenta Dilma, que entendia que essa obra representa o grande sonho da integração para os acreanos”, explicou o parlamentar.
A obra, que vai interligar o Acre a Rondônia, é uma das mais esperadas pela população dos dois estados. Atualmente a travessia é feita por meio de balsa, o que dificulta o acesso em caso de enchente ou seca do Rio Madeira.
As obras tiveram início em fevereiro de 2015, e de acordo com informações do Dnit a cheia retardou o andamento de parte dos serviços, o que acabou atrasando o cronograma. O orçamento total passou por reajustes e atualmente chega a R$ 148 milhões.
Segundo, Sérgio Mamanny, coordenador de engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), mais de R$ 100 milhões estão empenhados para esse ano ainda. “Em março o governo federal empenhou R$ 101.696.000,00 milhões e estamos aguardando que esse recurso seja liberado. Quase 57% da obra está concluída e a nossa expectativa é que chegue até 70% até o final do ano”, explicou.
Após a visita técnica, representantes da empresa responsável pela execução da obra realizaram uma apresentação para mostrar os dados atuais referentes à construção. A equipe técnica apresentou ao deputado a preocupação com os acessos à ponte. Segundo a empresa, após a cheia de 2015 houve uma modificação no projeto no que diz respeito ao acesso. A recomendação é que ele seja elevado mas o projeto inicial previa outra alternativa.
“Isso é uma preocupação para todos nós porque a ponte pode ficar pronta e inacessível. A CFFC é uma comissão que tem esse trabalho de cobrar, acompanhar e fiscalizar. Precisamos pressionar o Dnit, que é o responsável pela obra, para que encontrem uma solução para esse problema do acesso e pressionar o governo federal também porque pode haver necessidade que mais recursos sejam injetados na construção”, esclareceu Leo de Brito.