O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga crimes cibernéticos, deputado Léo de Brito (PT-AC), avaliou que o conjunto de requerimentos aprovados na reunião ordinária do colegiado nesta terça-feira (18) vai contribuir para dar mais clareza ao colegiado acerca do objeto a ser investigado pela comissão.
“E fundamental que nesse início da CPI nós tenhamos uma noção mais clara do que são crimes cibernéticos e como eles se relacionam, por exemplo, com as questões dos direitos civis que foram definidos no Marco Civil da Internet”, afirmou Léo de Brito.
Ele esclareceu também que as oitivas propostas estão dentro do escopo estabelecido pela comissão, que é a investigação de crimes relacionados a desvios de recursos bancários de correntistas, de pedofilia e de tráfico internacional de pessoas. “Esses requerimentos estão dando conta, no nível mais genérico, daquilo que foi estabelecido pela CPI”, disse o deputado.
Entre os requerimentos aprovados estão o de sua autoria que propõe a oitiva dos delegados da Polícia Federal, Elemer Coelho e Stênio Santos responsáveis pela Operação “IB2K” que desarticulou um grupo de criminosos suspeitos de desviar mais de R$ 2 milhões de correntistas pela internet.
Foi aprovado também a proposição da deputada Ana Perugini (PT-SP) que sugeriu o nome do chefe da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Carlos Eduardo Miguel Sobral para contribuir com o debate da CPI.
Outros requerimentos solicitam, também, a presença de Thiago Tavares Nunes de Oliveira, representante da SaferNet Brasil e dos presidentes das companhias Google Brasil, Microsoft do Brasil, Facebook Serviços Online do Brasil Ltda e Twitter Brasil Rede de Informação.
Benildes Rodrigues
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