Foto: Salu Parente
O deputado Leo de Brito (PT-AC) lembrou nesta terça-feira (14), em plenário, o restabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba que desde 1961 estavam congeladas, com o início da aprovação do embargo à ilha feita pelo Congresso dos EUA em dezembro último. Destacou o deputado mais um capítulo dessa história, ocorrida no último sábado (11), no Panamá, com a sétima edição da Cúpula das Américas.
“A participação, pela primeira vez, do líder cubano, Raul Castro, e do presidente americano, Barack Obama, selam a reconciliação mais aguardada do continente, pondo fim às contendas provenientes da Guerra-Fria e arrefecendo a tensão política, além dos conflitos ideológicos”, disse.
Lembrou o deputado Leo de Brito que todo esse movimento de reconstrução das relações bilaterais “foi magistralmente arquitetado pelo Papa Francisco, que além de estar reorganizando as estruturas da Igreja Católica, ganhou a simpatia e o respeito de todos, independentemente da religião, pela visão solidária, ampla e democrática”.
Analisou o deputado, por outro lado, que há questões que precisam avançar para que o acordo chegue à sua plenitude, como o fim do embargo a Cuba, que depende da aprovação do Congresso Americano . “Mas, somente o fato de os dois compartilharem do mesmo local, já tornou a última reunião da Cúpula um momento histórico”, enfatizou.
Para o deputado, a reaproximação com quem o oprimiu por mais de 50 anos não se dá por simpatia, “mas por uma reflexão madura e que converge com os ideais pacifistas, humanistas e renovadores, como exige a nova política”.
Segundo Leo de Brito, a posição tomada pelo presidente Barack Obama “é de uma nobreza ímpar, principalmente quando constatamos que ela não se repete em outros diversos pontos de relações impostas por eles, como nos conflitos financiados pelo governo norte-americano no Oriente Médio, ou as tentativas de inviabilização do comércio venezuelano, somado às medidas intervencionistas costumeiras”, disse.
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