Lava Jato, aliada à gestão Temer, quebra a indústria nacional e pode afundar Petrobras

FUP SP

Ao destacar o impacto da Lava Jato no setor de petróleo brasileiro, no último fim de semana, durante o seminário O que a Lava Jato tem feito pelo Brasil, o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, destacou a pujança do setor nos governos Lula e Dilma e alertou para a catástrofe que ronda a Petrobras a partir da operação comandada pelo juiz de Curitiba, Sérgio Moro.

“A Lava Jato é uma operação deliberada para quebrar a indústria nacional, começando pela maior empresa deste país”, sentenciou Zé Maria. Ele palestrou para centenas de pessoas que acompanharam o evento realizado pelo Partido dos Trabalhadores, em São Paulo.

Observou ainda o dirigente que o entreguismo protagonizado pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente – braço direito do governo ilegítimo de Michel Temer – vai levar a empresa conhecida pela excelência em petróleo e gás para o buraco. O presidente da FUP disse ainda que dado negativo do último balanço mostra que a Petrobras depreciou em R$ 112 bilhões o seu patrimônio.

“Aliada à venda de ativos e à falta de investimentos, não tenho dúvidas que vão levar a nossa empresa para o buraco. Esse caminho que a direção da Petrobras está tomando em curto prazo, reduzindo o investimento em 32%, levará a Petrobras a uma situação bastante complicada. É um movimento que ninguém no mundo está fazendo, só a Petrobras”, lamentou.

Zé Maria explicou que o impacto da lava Jato na indústria de petróleo gera um número negativo de 2,5% do PIB. Disse ainda o sindicalista que o setor das construtoras está quebrado.

O dirigente da FUP afirmou que os municípios deixam de arrecadar algo em torno de R$ 10 bilhões de royalties. Ele citou que há uma redução drástica no número de empregos. “Dois milhões de postos de trabalhos que são ceifados”, disse. O sindicalista elencou que na construção civil são 441 mil empregos perdidos, na construção pesada foram 293 mil empregos, no setor naval 44 mil empregos e na indústria extrativa o número foi de 38 mil empregos a menos. “Esse é o desmonte que está sendo feito na classe trabalhadora e nos empregos do nosso país”.

OCDE – A corrupção, segundo o dirigente da FUP, deve ser uma prática a ser combatida por todos. No entanto, ele criticou a tentativa de se colocar no colo do PT essa prática recorrente no Brasil e em vários países do mundo. Ele se valeu de dados da Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) que aponta que o setor de mineração e extração é o setor mais corrupto do mundo, seguido da construção civil.

“Só que corrupção não se combate do jeito que estão querendo combater na Petrobras, reduzindo investimento. Nós temos exemplo da Shell e da Statoil, na Líbia e na Nigéria que também foram flagradas em corrupção e elas aumentaram seus investimentos. A Shell aumentou seu investimento na ordem de 24% e a Statoil em 158%. Então, não é reduzindo investimento que vai se combater a corrupção”, defendeu.

Para José Maria, os efeitos da operação comandada pelo juiz de Curitiba, Sérgio Moro, são traduzidos pela redução do tamanho empresa. “A Petrobras reduziu seus investimentos em 32%. Nos governos do PT o montante que era de R$ 104 bilhões, hoje, caiu para R$ 53 bilhões”, denunciou. Isso, explicou o dirigente, tem impacto direto, primeiro, na quantidade de reserva.

“Hoje, nós temos a mesma quantidade que tínhamos em 2001, ou seja, 12 bilhões de barris de petróleo. Numa empresa de petróleo as reservas são fundamentais para ela se impor frente as outras empresas”, observou.

Legado – O presidente da FUP fez um comparativo na forma de os governantes enxergarem a Petrobras. Para ele, enquanto na era FHC o investimento na empresa era da ordem de R$ 18 bilhões, em 2013, no governo do PT, o investimento saltou para R$ 104 bilhões.

O lucro líquido da Petrobras, que em 2002 era de R$ 8 bilhões, pulou para R$ 23 bilhões em 2013. O valor de mercado da estatal, em 2002, chegou à casa de R$ 54 bilhões. Em 2013, esse valor atingiu o montante de R$ 215 bilhões. “No governo do PT a Petrobras alcançou o famoso grau de investimento que nunca tinha alcançado em seus mais de 60 anos de história”, acrescentou José Maria Rangel.

De acordo com o dirigente, a Petrobras saiu de uma participação no PIB brasileiro de 3% para 13%. Em número de empregos, passou de 167 mil trabalhadores, só dentro das unidades da Petrobras, para 450 mil trabalhadores.

Já em investimento em negócio de cadeia de investidores o governo do PT investiu R$ 2,7 bilhões e R$ 113 milhões em treinamento. “A Petrobras, nos governos do PT, alcançou o título de maior empresa de capital aberto do mundo em produção de óleo. Esses números mostram que o que eles tentam passar, que o PT quebrou a Petrobras, não se sustenta, pelo contrário”, atestou o presidente da FUP.

Benildes Rodrigues

Foto: PT Nacional

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