Laudo da USP indica homicídio como causa da morte de vereador do PT

pedrouczaiLaudo da Universidade de São Paulo (USP) confirma que o vereador petista   Marcelino Chiarello, de Chapecó (SC), foi assassinado, dissipando assim dúvidas relacionadas a sua morte, ocorrida em novembro de 2011. O laudo realizado pela equipe do médico Daniel Romero Muñoz, chefe do Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo da USP, foi apresentado hoje (7) por advogados da família do vereador assassinado. A análise da USP foi pedida pela família e coloca dúvidas nos resultados de laudos anteriores.
 
Marcelino Chiarello era vereador pelo Partido dos Trabalhadores e foi encontrado morto em casa no dia 28 de novembro de 2011. Ele tinha 42 anos e deixou esposa e filho, hoje com 9 anos. A viúva do vereador,  Dione Chiarello, falou que quer justiça e que houve uma série de trapalhadas policiais na cena do crime, que podem ter dificultado o resultado dos laudos. “Não sei se foi estratégia, se foi proposital ou má formação, mas isso precisa ser apurado”.
 
Para o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), comprovou-se o que todos já sabiam. “Agora eu espero que as autoridades descubram e tragam a público quem foi o autor do assassinato desse homem, marido, pai, professor, político e pessoa extraordinária.” 
A família informou que vai solicitar novas investigações para o caso.
 
Científico – Conforme relatado pelos advogados, o documento da USP não é um quarto laudo e sim um parecer final científico, feito por uma das instituições mais respeitadas do país, no qual constam, em suas 94 páginas, todos os estudos realizados até o momento sobre o caso. Pelo laudo, comprova-se que a causa da morte de Marcelino Chiarello foi homicídio. “ Ninguém mais poderá por em dúvida a materialidade, resta agora buscar a autoria deste crime, porque de acordo com o médico legista Daniel Munõz, o crime foi cometido por duas ou três pessoas, o que foi levantado através do porte físico de Chiarello “, disse o advogado Sérgio Martins de Quadros.  O advogado enfatizou  que os peritos de Chapecó deixaram passar em branco vários detalhes da cena do crime.
 
Além do médico legista Daniel Munõz, assinam o documento USP outros  cinco profissionais, como doutores em física, neurologia e peritos em Medicina Legal. O grupo foi a Chapecó no mês de julho, foi até a residência onde o corpo foi encontrado e refez o cenário no momento da morte de Chiarello.
 
O advogado Nilton Martins de Quadros disse que processo já não corre mais em segredo de justiça porque a família entrou com um processo pedindo que fosse público. Segundo ele, o parecer feito pela USP foi entregue na segunda-feira (05) ao Ministério Público, junto com o inquérito instaurado para investigar a causa da morte, que tem mais de 2.390 páginas. A conclusão apresentada contraria o resultado do laudo divulgado no dia 12 de abril pela Polícia Federal, que indica suposto suicídio como a causa da morte do vereador.
 
Equipe  PT na Câmara, com agências
 

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