Lasso quer fazer no Equador o que Aécio Neves fez no Brasil: tumultuar o país, critica Chinaglia

arlindo chinaglia 03 04 17

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), parabenizou Lenín Moreno pela vitória na eleição presidencial do Equador, realizada neste domingo (2), e criticou a postura do candidato derrotado, Guillermo Lasso, que não aceitou o revés eleitoral, acusou o processo de fraudulento e pediu a recontagem dos votos.

“Não é por acaso que houve a vitória de Lenín Moreno. Ela vem numa esteira de vitorias do próprio Rafael Correa. Apesar da situação difícil da economia de vários países, de praticamente toda a América Latina, há um reconhecimento popular grande da administração Correa. Na minha opinião, isso foi o que deu força para a vitória do Lenín Moreno”, avalia Chinaglia.

Acerca da querela dos derrotados, Chinaglia informou que o Parlasul enviou uma missão para acompanhar o pleito e não relatou qualquer irregularidade. O mesmo ocorreu com a missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), que recebeu a queixa formal de Guillermo Lasso, mas não registrou qualquer incidente no processo eleitoral.

“Vamos permanecer atentos e atuaremos para que não haja mais uma tentativa de fraudar o resultado de eleições na América Latina. A conquista da democracia foi algo bastante difícil no nosso continente e lutaremos por ela”, garantiu o petista, que criticou a elite latino-americana e comparou a situação equatoriana ao que ocorreu no Brasil a partir de 2014.

“Uma boa parte da elite latino-americana tem pela democracia o desprezo de quem acredita nas múltiplas manobras de mídia e na pressão dos organismos patronais, por isso não aceitam a derrota”, avalia.

“Acredito que Lasso quer tumultuar a vida política do Equador, na vã expectativa de fazer lá o que Aécio Neves fez no Brasil em 2014, quando não aceitou o resultado, pediu a recontagem e foi até desmoralizado por declarações de ministros do TSE. Hoje, Aécio é um fantasma político, é o mais delatado na Lava-Jato, ridicularizado pelos altos índices de rejeição entre os eventuais candidatos a presidente e alguns analistas o colocam sepultado politicamente”, concluiu Chinaglia.

Rogério Tomaz Jr.

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