A taxa de juros para o crédito obtido pelas famílias brasileiras atingiu, em setembro, 39,4% ao ano e é a mais baixa já medida pelo Banco Central. O BC começou a registrar o índice em junho de 1994. Os dados foram divulgados pela instituição nesta terça-feira (26).
Segundo o diretor do departamento econômico do BC, Altamir Lopes, a tendência é que a taxa de juros para as famílias continue no mesmo patamar nos próximos meses. “Para outubro estamos prevendo que a taxa fique em 39,4%, mas os juros para as empresas podem ter uma leve alta, passado de 29% para 29,1% ao ano”, disse.
A taxa de inadimplência entre as famílias também caiu e é a menor desde maio de 2005. Em setembro, 6% dos empréstimos feitos às famílias não foram pagos, uma queda de 0,2 ponto percentual em relação a agosto. As famílias pegaram menos recursos emprestados em setembro, passando de R$ 70,5 bilhões em agosto para R$ 69,5 bilhões.
O volume de empréstimos para o setor público e privado – como habitacional, consignado e para a aquisição de veículos – subiu 1,8% em setembro na comparação com agosto deste ano. O volume de empréstimos alcançou o montante de R$ 1,6 trilhão no mês passado, alta de 14% nos primeiros nove meses do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
As empresas se endividaram mais no mês passado, passando de R$ 102,4 bilhões em agosto para R$ 104,8 bilhões em setembro. A taxa de juros para pessoas jurídicas (empresas) subiu 0,1 ponto percentual em setembro, alcançando 29% ao ano.
Entre as empresas, a queda na inadimplência foi pouco maior, de 0,2 ponto percentual, atingindo 6% no mês passado.
A relação entre a oferta de crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou: passou de 46,2% em agosto para 46,7% em setembro. Em setembro de 2009, a relação crédito/PIB era de 43,9%.
De agências
