Judiciário no Brasil se transforma em “Estado à parte”, critica Damous

Em contundente discurso feito na tribuna da Câmara, na terça-feira (6), o deputado Wadih Damous (PT-RJ) alertou sobre o fato de setores do Poder Judiciário e do Ministério Público do País estarem se transformando em “Estado à parte”. Tal situação, esclareceu o parlamentar, exige do parlamento brasileiro ações concretas para não permitir o avanço de um sistema que não passou pelo crivo popular.

“Exige-se, aqui, que nós funcionemos como Poder. Não podemos mais aceitar essa assimetria, em que o Poder Judiciário e o Ministério Público digam como devemos nos conduzir e agir. Eles não têm legitimidade para isso. Eles não têm a legitimidade da soberania popular”, avaliou Damous.

Um dos caminhos apontados pelo deputado é a aprovação com urgência, pela Câmara, do projeto de lei (PL 7596/2017) que versa sobre os crimes de abuso de autoridade. A proposta – já aprovada no Senado – recebe o nome de “Lei Cancellier”, após o abuso praticado pelo sistema judiciário que levou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, ao suicídio.

“Então, vamos aprovar a “Lei Cancellier”. Quantos suicídios mais vamos ter que esperar para conter os abusos do sistema de justiça brasileiro? Até quando continuaremos assistindo a essa turma burlar a lei, burlar a Constituição e se comportar como Estado à parte, como uma verdadeira casta?”, questionou Wadih Damous.

O parlamentar classificou de imbecilidade o entendimento de alguns de que decisão judicial não se questiona. “Um ditado que por si só se vê que é idiota e que diz: Decisão judicial não se discute, se cumpre. Isso é uma absoluta idiotice, isso não se sustenta de pé. Uma decisão judicial é produto da construção humana, ela não emana das divindades, ela não é um produto dos céus, ela não nasce na natureza. Ela é uma construção humana e, nesse sentido, está sujeita, sim, a críticas”, argumentou.

Decisão arranjada – Segundo o deputado, no Estado Democrático de Direito, todos fazem um pacto, um contrato social de respeito às leis, de respeito às decisões judiciais, ainda que mereçam críticas. “Agora, está fora desse entendimento decisões judiciais arranjadas, decisões judiciais compradas, decisões judiciais encomendadas”.

Wadih lembrou que a decisão judicial que condenou o ex-presidente Lula está nesse contexto. “É uma decisão judicial arranjada, encomendada por poderosos, encomendada por aqueles que deram o golpe de 2016, a começar pela sentença de primeiro grau, do justiceiro Sergio Moro”, criticou Damous.

“Trata-se de uma sentença em que o juiz gasta 80% de sua fundamentação, de sua motivação para dizer que é honesto, para dizer que é imparcial. Juiz nenhum precisa disso. Juiz honesto e imparcial não está obrigado a dizer, na sentença, que é honesto e imparcial; isso emerge daquilo que ele produz na sua decisão”, finalizou.

Benildes Rodrigues

Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100