O ministro da Cultura, Juca Ferreira destacou nesta quinta-feira (24), durante Comissão Geral da Câmara, o papel do Estado como fomentador da cultura brasileira. Para ele, não cabe ao Estado atuar de forma paternalista ou substituir a criatividade da sociedade, mas apoiar o desenvolvimento cultural, valorizando os artistas, os criadores e aqueles que investem no setor. A deputada Moema Gramacho (PT-BA) presidiu a mesa de debates.
“O Estado tem uma responsabilidade, que não é concorrente nem é contraditória com o papel da sociedade e com o papel dos empreendedores. Na verdade, é possível pensar em um sistema harmonioso, em que todo o País colabore para o desenvolvimento do País, porque, sem desenvolvimento cultural, o Brasil não enfrentará os desafios do século XXI”, afirmou o ministro.
Em sua exposição, Juca Ferreira disse ainda que não se pode priorizar um determinado aspecto da cultura. “Não é possível privilegiar o teatro e esquecer a dança, privilegiar o cinema e esquecer a cultura popular”, observou.
Ele explicou que o ministério tem a obrigação de trabalhar com a abrangência, a riqueza e a diversidade cultural com vistas a preservar o patrimônio e a memória. Nesse aspecto, ele destacou a regulação como “instrumento legal capaz de dar sustentação ao desenvolvimento cultural do povo brasileiro”.
O ministro relatou também que o ministério trabalha a cultura em três dimensões: simbólica -, que trabalha a arte e o conjunto das manifestações culturais; econômica e cidadã (acesso à cultura).
“O Brasil precisa cuidar da cultura, primeiro como um bem simbólico, base de todo desenvolvimento, mas também tem que tratá-la como um setor importante da economia”, salientou. Para ele, é necessário criar todo um sistema regulatório que “estimule a iniciativa privada, a sociedade e o Estado, que tem um papel importante em dar suporte para esse desenvolvimento econômico”.
Benildes Rodrigues
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