O deputado José Airton Cirilo (PT-CE) usou a tribuna da Câmara para criticar a “memoria curta e seletiva” de parlamentares da oposição. “Esses parlamentares que hoje pedem reflexão, que defendem o tucanato, que se alardeiam com defensores da moralidade e da ética, parece ter a memória curta! Eles esquecem que este País estava desmoralizado! O Brasil era um País quebrado, esculhambado, na época em que os tucanos governavam esta Nação”, afirmou.
José Airton enfatiza que se atualmente o dólar está oscilando na casa dos R$ 4, na época dos tucanos, era a mesma coisa, com a diferença de que o Brasil não pagava nem os juros da dívida externa. “Na época do Fernando Henrique – lembrem-se disso – o governo teve que tomar três empréstimos para pagar os juros da dívida. E, pior, o Brasil era um País sem credibilidade”, enfatizou.
O deputado frisou que foi graças ao governo Lula que o Brasil tornou-se uma potência respeitada internacionalmente. “O governo Lula acreditou no potencial da nossa Nação, investiu e, inclusive, fez com que a Petrobras descobrisse o pré-sal. E hoje a estatal está sendo atacada. Os tucanos querem a quebra do seu monopólio, permitindo que empresas estrangeiras explorem o petróleo brasileiro, que suguem a riqueza nacional”, lamentou.
José Airton cobrou ainda daqueles que atacam o governo do PT uma reflexão. “Lembrem-se: se há erros no Governo do PT, e é verdade que há, parece que vocês esquecem onde começou o esquema que ficou conhecimento como mensalão? Onde? Foi aqui ou em Minas Gerais, no governo do tucano Eduardo Azeredo? Um processo que começou e não foi julgado porque a Justiça brasileira tem dois pesos e duas medidas. Quando é com os tucanos, são santos, não se julga. Foi preciso o processo ir para a instância de primeiro grau para ele ser julgado e condenado, como o foi”.
O deputado do PT do Ceará quis saber ainda, da oposição “conservadora e seletiva” por na época do governo FHC não havia investigação. “Onde estava o Ministério Público? Onde estava a Polícia Federal? Na época, não investigavam, engavetavam os processos, as denúncias”, criticou.
Hoje, continua José Airton, doa a quem doer, há investigação, “mas não se pode usar a investigação como instrumento de perseguição, de arbitrariedade, de ilegalidade, como aconteceu com na última semana com o ex-presidente Lula. Nós não podemos aceitar a ilegalidade, porque isso quebra o Estado Democrático de Direito”.
O deputado José Airton conclui afirmando que deu a sua minha juventude para lutar pela liberdade, pela justiça e pelo direito. “Não vou aceitar promotor, delegado, nem juiz quebrar as regras do jogo para, midiaticamente, se promover neste País”, finalizou.
Vânia Rodrigues
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