O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) disponibilizou, em suas redes sociais, assessoria jurídica para os professores que estiverem sofrendo denúncias e perseguição de eleitores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Nesta segunda-feira (29), a deputada estadual eleita por Santa Catarina Ana Caroline Campagnolo, do mesmo partido do presidente eleito, divulgou um contato para que alunos denunciem professores que estejam fazendo “manifestações político-partidárias ou ideológicas”.
“A liberdade de cátedra é direito fundamental dos professores em sala de aula, assegurado no Art. 206 da Constituição Federal, reafirmado no Art. 3º da LDB (Lei 9.394/96). Em caso de perseguição política, não se deixe intimidar, estaremos em sua defesa”, diz o texto do comunicado de Solla, que oferece o número de whatsapp 71 9 8644-1313 como contato.
Na Bahia, a deputada federal eleita e presidente estadual do PSL no estado, Dayanne Pimentel, também reiterou em entrevista a pauta de perseguição ideológica aos professores e defendeu a deduragem. Ela citou a “doutrinação escolar por meio dos direitos humanos” como uma “temática para o boicote, nesses termos, para favorecer a sociedade”.
O deputado Jorge Solla, que é também professor, condenou o caça às bruxas nas escolas promovido por parlamentares do PSL. “Essa perseguição em sala de aula é flagrantemente inconstitucional, criminosa. A ideia deles é ameaçar para intimidar, para que profissionais da educação se sintam constrangidos a cumprir o seu papel de educar. Eu estou aqui para dizer: façam seus trabalhos de forma livre, que estamos aqui para lutar para que a democracia garanta sua liberdade de cátedra, sua liberdade de expressão”, disse Solla.
PT na Câmara, com assessoria parlamentar