O deputado Jorge Solla (PT-BA) criticou nesta semana, o oportunismo do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Para o deputado, ao se colocar em favor do acordão da oposição para livrar o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara, em troca da tramitação do impeachment, o prefeito embaraça a população da Bahia.
“ACM Neto constrange a Bahia com a flexibilidade oportunista de sua ética. É muita cara de pau querer derrubar a presidente Dilma, contra quem não há nada, com base em pretextos contábeis; e para viabilizar esse golpe absolver um corrupto afundado na lama, cheio de dólares na Suíça”, criticou o petista.
O deputado citou que a posição de ACM Neto foi noticiada no site do jornal O Globo. O jornal revelou que o prefeito se reuniu com Cunha na noite de quarta-feira (2) e teria endossado o acordo para ajudar a protelar e absolver o pemedebista no julgamento do Conselho de Ética. “O nosso foco é a Dilma. O nosso foco não é o Eduardo Cunha”, disse Neto, segundo a reportagem.
Para Solla essa tentativa de golpe protagonizada por aqueles que não se conformam com o resultado das urnas e querem salopar a democracia não prosperará e, segundo ele, será condenada pela maioria da população brasileira. “Este golpismo não vai prosperar e esses políticos vão pagar um alto preço com a sociedade, porque quando se brinca com a democracia e se gera instabilidade institucional, quem perde é a população, que sofre com o desemprego e com o agravamento da crise”, afirmou o petista.
O deputado destacou que a própria oposição será responsável pela derrota do impeachment na sociedade. “A postura da oposição, de escancarar a sede do poder a qualquer custo, será suficiente para que a população perceba o quanto este processo é ilegítimo”, observou.
“É muita irresponsabilidade com o nosso País brincar com a democracia desta forma. Não há nada contra a presidente Dilma e ela sairá desse processo fortalecida para governar o Brasil até 2018. Já a oposição precisará pedir desculpas à população”, sentenciou Jorge Solla.
Benildes Rodrigues com Assessoria Parlamentar
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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