João Paulo Lima defende material didático “objeto de preconceito de intelectuais”

jpLimaO deputado João Paulo Lima (PT-PE) defendeu o material didático adotado pelas escolas públicas do país e que foi objeto de polêmica nos últimos dias. “O debate que se criou, talvez por uma leitura apressada do material, envolveu a questão da linguagem em um viés absolutamente preconceituoso.
Não podemos nos limitar a criticar por criticar, sem nos dar ao trabalho, ao menos, de conhecer o material que estamos condenando, muito menos sem saber quem é o público alvo desse projeto”, disse. Para ele, o “suprassumo ” da polêmica foi a insinuação de que “o livro seria a defesa da fala de Lula”.

Segundo o deputado, o trabalho da professora Heloisa Ramos parte da realidade dos alunos para ensinar-lhes a língua que não sabem. “Merece atenção o que foi tão criticado, mas pouco compreendido”. Pela leitura do conteúdo, continuou o deputado, torna-se evidente que os autores não estão se furtando a ensinar a norma culta, estão apenas reconhecendo a diversidade da linguagem falada. “Esta é uma abordagem adequada, defendida por diversos especialistas no ensino da língua. Segundo esses estudiosos, tomar consciência da variante linguística que se usa e compreender como a sociedade valoriza desigualmente as diferentes variantes pode ajudar na apropriação da norma culta”, disse.

Para o deputado João Paulo Lima, uma escola democrática deve ensinar as regras gramaticais a todos os alunos sem, contudo, menosprezar a cultura na qual estão inseridos e sem destituir a língua que falam de sua gramática, ainda que esta não esteja codificada por escrito, nem seja socialmente prestigiada.

Para o deputado, nossos intelectuais não conhecem gramática. “Nunca as leram inteiras, incluindo as notas e citações, e considerando as discordâncias entre elas (acham que as adjetivas explicativas vêm entre vírgulas!). Eles conhecem manuais do tipo não erre (da redação etc.), que são úteis como ferramentas de trabalho em certos ambientes, em especial para defensores da norma culta que não a dominam”, concluiu.

Equipe Informes

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