Em pronunciamento na tribuna da Câmara na terça-feira (6), o deputado João Daniel (PT-SE) repudiou o ataque feito pelos EUA a um hospital onde a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) atuava no Afeganistão. A ofensiva deixou, segundo dados do MSF, mais de 19 mortos. Destes, três crianças, 12 membros da organização e mais quatro pacientes adultos e 37 feridos, no último sábado (3).
“Esse ataque covarde faz parte da política imperialista americana. As bases americanas estão em mais de mil locais no planeta e fizeram o que fizeram com a Líbia. Elas destruíram, assassinaram o Presidente da Líbia, para justificar o roubo e o saque que costumam fazer nos países”, lembrou o deputado. João Daniel disse ainda que oficializou junto aos órgãos da Câmara para que a Casa emita uma nota de repúdio contra essa prática imperialista.
“É preciso que o Presidente Obama (a quem temos respeito), tome as devidas providências. Isso é vergonhoso! Nós não podemos aceitar”, reiterou João Daniel. “Todos os dias, assistimos os massacres, as invasões e as matanças cometidos pela política imperialista americana, ao que registramos nosso repúdio”, disse o deputado.
Agrotóxicos – O deputado João Daniel também registrou, em pronunciamento no plenário, artigos que tratam da falta de controle no uso de agrotóxicos. “Os nossos alimentos têm uma grande quantidade de agrotóxicos. Isso é muito grave. Além disso, existem grandes empresas, do agronegócio e dos intelectuais que, aqui nesta Casa e em outros locais, defendem a necessidade do uso de agrotóxico sem restrição. Aliás, um dos artigos se refere a um dos principais agrotóxicos utilizados no Brasil sem nenhum controle, vendido em qualquer lugar, o Roundup Glifosato”, disse o petista.
De acordo com João Daniel, nos Estados Unidos, esse agrotóxico teve sua venda proibida. “Foi comprovado por estudiosos e órgãos americanos que esse agrotóxico é cancerígeno. Não estou falando que foram órgãos de Cuba. Estou falando que foram órgãos dos Estados Unidos, já que grande parte se alinha com essas grandes empresas”, alertou.
Benildes Rodrigues
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