Em audiência pública conjunta das comissões de Relações Exteriores e de Direitos Humanos, na Câmara, nesta quinta (9), o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) saudou a advogada iraniana Shirin Ebad, agraciada com o Nobel da Paz em 2003, por sua militância em defesa dos direitos humanos, em especial direitos de crianças, mulheres e refugiados.
“Cumprimento Shirin Ebad pela sua luta, pela sua dedicação, pela sua coragem e pelas posições firmes em defesa dos direitos humanos. A presidenta Dilma Rousseff tem uma posição firme em defesa dos direitos humanos, como teve no caso da iraniana Sakineh Ashtiani, condenada ao apedrejamento. Espero que possamos ampliar cada vez mais as liberdades e as igualdades, para que não tenhamos mais perseguições no mundo, principalmente para quem defende ideias”, disse o deputado, que é membro suplente da Comissão de Relações Exteriores.
Shirin Ebad é ex-juíza e destacou por ter sido a primeira mulher muçulmana a receber um Nobel. Durante a audiência, a iraniana relatou fatos de sua trajetória e episódios emblemáticos de violações de direitos humanos no Irã, como a perseguição aos comunistas e à Comunidade Baha’í. “A situação dos Baha’í no Irã está muito difícil, mas a dos comunistas é ainda pior”, disse a advogada, que citou caso ocorrido há vinte anos, quando cerca de três mil militantes comunistas foram mortos e enterrados numa cova coletiva.
Rogério Tomaz Jr.
