O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), criou nesta quarta-feira (5) o grupo de trabalho que analisará o projeto de lei 2.630 de 2020, conhecido como PL das fake news. Secretário Nacional de Comunicação do PT, o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) será o único representante do partido.
O projeto foi relatado por Orlando Silva (PCdoB – SP) e enfrentou resistência, inclusive por muita pressão das plataformas, e, sem acordo, acabou não sendo levado à votação em 2023.
Para Jilmar Tatto, é fundamental avançar nesse debate e regulamentar as redes o mais rápido possível. “Não podemos deixar para as plataformas se autorregularem, pois não tem funcionado. Elas continuam a monetizar conteúdo de ódio, mentiras e pornografia. Isso interessa a quem?”, questiona o parlamentar.
O dirigente nacional também ressalta que as redes têm sido lenientes com fake news propagadas por políticos de direita e rígido com políticos de esquerda. “De uns tempos para cá, temos notado a perda de alcance e seguidores entre políticos de esquerda nas principais redes sociais”, observa Tatto.
O parlamentar petista ressalta que a Europa já regulamentou e que a justificativa de que o PL representa censura, não procede: “coibir crimes e responsabilização não é censura. Precisamos civilizar o ambiente virtual. Esse clima de ‘vale-tudo’ prejudica a democracia. A tentativa de golpe de 8 de janeiro foi inflado por mentiras. Isso não pode continuar”.
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TikTok
Em maio de 2023, Jilmar teve um vídeo retirado do ar pelo TikTok após viralizar. “Na ocasião fiz um comentário sobre as denúncias contra Bolsonaro, no caso da tentativa de vendas de joias no exterior, que acabou viralizando no perfil da Liderança do PT na Câmara. A rede, sem nenhuma justificativa, tirou do ar”. Na ocasião, o parlamentar fez denúncias em suas outras redes e veículos de comunicação, resultando na volta do vídeo ao ar.
Da Assessoria do deputado Jilmar Tatto