Foto: Gustavo Bezerra
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, apresentou hoje (20), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, as ações da sua pasta para o ano de 2015. Ele destacou a importância das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – na tarefa de proteger o patrimônio nacional, fortalecer a democracia e produzir desenvolvimento tecnológico. Jaques Wagner explicou ainda a Política Nacional de Defesa e comentou sobre o momento econômico do Brasil. “O ajuste e o reequilíbrio das contas públicas é fundamental para a retomada do crescimento do País”, defendeu.
O ministro Wagner disse que, “apesar da angústia” de ter um orçamento menor para todas as pastas, existe um consenso de que a redução de gastos é necessária para manter os padrões macroeconômicos sustentáveis. Sem mencionar cifras que serão cortadas, ele defendeu a manutenção dos projetos estratégicos das Forças Armadas e fez questão de destacar que houve avanço no orçamento do Ministério da Defesa ao longo dos últimos anos. “Nosso custo com pessoal é alto, mas quintuplicamos os valores de investimentos. Temos que reconhecer que tivemos progresso”, enfatizou.
Jaques Wagner destacou que o aumento dos recursos para a área de Defesa, que saltou de R$ 25,8 bilhões em 2003 para R$ 76,9 bilhões em 2014, “demonstra a prioridade dada pelo governo”. Lembrou também que seu ministério é o 7º orçamento da Esplanada, sem considerar custo com pessoal. “Um País que tem um patrimônio como o nosso, que tem a Amazônia, que tem o pré-sal, precisa de uma política de defesa eficiente”, acrescentou.
Programas – Durante a sua exposição, Jaques Wagner citou os programas fundamentais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica que estão trazendo inovação tecnológica e gerando empregos no País. Entre eles, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), orçado em R$ 1,7 bilhão, com custo de R$ 489 milhões para o ministério; o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que tem orçamento de R$ 31 bilhões até 2025; o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), com R$ 11 bilhões; a Amazônia Conectada, que trará infovia de mais de 7 mil quilômetros de fibra ótica submersa nos rios da Bacia Amazônica; além da aquisição dos caças Gripen NG e da fabricação do KC-390 – maior aeronave já construída no Brasil.
Os deputados Henrique Fontana (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) elogiaram a apresentação do ministro e a atuação das Forças Armadas na defesa da soberania do País. Eles reconhecem a importância dos projetos desenvolvidos pela pasta na estratégia de desenvolvimento do Brasil. Paulo Teixeira chegou a sugerir que a Comissão de Relações Exteriores forme um grupo parlamentar para conversar com a equipe econômica do governo, com a Casa Civil e com a vice-Presidência da República, no sentido de preservar os grandes projetos das Forças Armadas. “Projetos estratégicos não podem ser descontinuados. São projetos que levam anos para iniciar e sua interrupção tem um custo muito alto”, alertou Teixeira.
Outras atividades – O ministro elogiou o trabalho que vem sendo realizado pelos militares nas mais diversas atividades, tais como na proteção das fronteiras brasileiras, em ações subsidiárias, entre elas o Projeto Soldado Cidadão, o Calha Norte e o Programa Forças no Esporte, além das missões de paz no exterior. “O Brasil é tido como o país que mais contribui dentro das forças de paz”, destacou Wagner.
O deputado Caetano (PT-BA) destacou a importância da Segurança Integrada desempenhada no período da Copa do Mundo do ano passado, envolvendo ação conjunta das Forças Armadas, Ministério da Justiça e polícias federal, civil e militar. E defendeu a continuidade do modelo de forma permanente.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) citou o protagonismo do Brasil no mundo e a importância dos projetos de construção de satélite e de submarino para a soberania da defesa nacional. Também defendeu a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), e os deputados petistas Marco Maia (RS), Moema Gramacho (BA), Margarida Salomão (MG) e Jorge Solla (BA) prestigiaram o audiência com o ministro Jaques Wagner.
Além de Jaques Wagner, os comandantes da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do Exército, general Eduardo Dias Villas Bôas; e da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, também participaram da reunião.
Vânia Rodrigues