O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) participou na última terça-feira (18) do lançamento do Projeto Aedes Transgênico (PAT). A proposta, que tem como objetivo o combate à dengue, é encabeçada pelo Ministério da Saúde e conta com a parceria da empresa pública Moscamed, especializada na produção de insetos transgênicos para controle biológico de pragas. O projeto prevê a produção de 4 milhões de machos do Aedes Aegypt estéreis por semana. O município de Jacobina na Bahia será a primeira cidade brasileira a fazer a experiência.
Amauri lembrou que a dengue é um dos principais problemas de saúde pública do mundo, especialmente em países tropicais como o Brasil. Pensando em mais uma possibilidade de combate a essa doença, esclareceu o petista, o PAT visa controlar a transmissão da doença produzindo linhagens de mosquitos geneticamente modificados (OGM), que serão capazes de suprimir populações naturais do transmissor da doença.
O parlamentar petista comemorou o evento e explicou que esses mosquitos vão atrair as fêmeas para cópula, mas as larvas produzidas não atingirão a fase adulta. De acordo com Amauri, isso deve reduzir a população do mosquito o que, segundo ele, permitirá o controle dos focos da dengue.
Amauri explicou ainda que indicou o município de Jacobina devido ao alto índice de dengue. “O Projeto Aedes Transgênico fará o controle da reprodução do mosquito da dengue utilizando-se de mosquito geneticamente modificado. Jacobina será a cidade piloto desse projeto inédito no mundo”, orgulhou-se.
Endemia – A dengue é considerada um dos maiores problemas endêmicos, afetando cerca de 100 milhões de pessoas em todo mundo. Diante dessa estatística, explicou Amauri, órgãos e entidades públicas ligadas à saúde se unem para desenvolver tecnologias de controle e erradicação dessa endemia no Brasil. O petista disse ainda que até maio de 2012 foram notificados mais de 1.800 casos de dengue em Jacobina, e até outubro, a ocorrência de duas mortes por dengue hemorrágica. Jacobina possui 80 mil habitantes sendo que 45 mil encontram-se na zona urbana, onde está sendo implantado o PAT.
Engajamento – Para conhecer o PAT, agentes envolvidos no engajamento público, instalaram estandes em alguns pontos da cidade para explicar o projeto e orientar a população. Nos estandes havia panfletos explicativos, uma ‘gaiola’ com mosquitos para exposição e um livro para registro das visitas.
O engajamento público é uma das etapas do projeto e foi dividida em diversas ações. No primeiro momento, foram realizadas exposições nos estandes no centro da cidade e a visita de agentes nas casas explicando aos moradores como funcionarão as liberações.
O PAT, além da Moscamed tem como parceiros a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, Prefeitura de Jacobina, a Universidade de São Paulo e a OXITEC.
Benildes Rodrigues com Assessoria Parlamentar