Irresponsável, Bolsonaro ignora auxílio emergencial de R$ 600,00 e ataca governadores

Incomodado com a cobrança de sua flagrante incapacidade de comandar o País e enfrentar a pandemia de Covid-19, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro atacou o governador do Piauí, Wellington Dias, na live semanal desta quinta-feira (1).

Ontem, em matéria no site do PT, o governador Wellington Dias cobrou o auxílio emergencial no valor de R$ 600,00, lembrando que “a fome não tira férias” – veja o vídeo abaixo. Nesta semana, a mídia informou que as férias do presidente, em São Paulo e Santa Catarina, custaram cerca de R$ 2,3 milhões aos cofres públicos.

Em resposta na live, Bolsonaro voltou a responsabilizar os governadores pelo desemprego e repassou a eles o pagamento da “diferença” do auxílio. O governo liberou em média apenas R$ 250,00. Um valor ainda menor do que pretendiam Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, no início da pandemia (R$ 300,00) e, agora, com 30 milhões de pessoas a menos.

“Primeiro a defesa de R$ 600,00 para compensar também o período que ficou sem pagamento, de janeiro a fevereiro, é uma posição de governadores das cinco regiões do Brasil”, esclareceu Wellington Dias. O governador do Piauí é presidente do Consorcio Nordeste e Coordenador da Temática de Vacina no Fórum Nacional de Governadores.

Além disso, ressaltou o governador, ”estamos liberando agora R$ 40 milhões para transferência de renda e ajudando, ainda, na alfabetização, bem como na ampliação da escolaridade”.

Ainda segundo Dias, o governo do estado está “trabalhando duro para, também, oferecer crédito para apoio das atividades econômicas, com o foco para renda, fruto do trabalho”.

“Aqui no Piaui, a exemplo de outros Estados e alguns municípios, estamos ajudando aos mais pobres como podemos”, destacou o governador. “Sigo mantendo uma relação respeitosa e ao mesmo tempo na defesa do que o meu povo precisa”, continuou.

Nas redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino, prestou solidariedade a Wellington (veja o vídeo). “Então, Bolsonaro fica com as lives, o cercadinho e as férias e os governadores tem que fazer tudo”, questionou Flávio Dino.

Na contramão do mundo

Dias lembrou que a maioria dos países do mundo tem políticas de governo para enfrentar as crises sanitária e econômica, sem transferir suas responsabilidades para os entes federados. “As condições do meu Estado e dos demais não são comparáveis a da União”, lembrou o governador do Piauí.

“Veja o bom exemplo dos Estados Unidos da América, o presidente Joe Biden anunciou hoje um pacote com U$ 2,3 trilhões, equivalente no Brasil seria R$ 13,1 trilhões“, lembrou Dias. “O que estamos pedindo para os mais pobres no Brasil seria R$ 44 bilhões e tenho certeza que mandando a proposta o Congresso Nacional como fez no ano passado, aprova na hora, com apoio da base do governo e da oposição.”

Ao contrário do desrespeito presidencial, Dias destacou que “os governadores seguirão buscando o diálogo, independente das disputas eleitorais e tratando o Presidente da República do país, como o chefe de Estado a quem devemos recorrer para socorrer, especialmente os que mais precisam, os mais pobres, os que passam fome sim, que precisam de mais vacinas e solução para filas nos hospitais”.

Da Redação do PT Nacional com Assessoria

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