Investimentos ‘verdes’ do setor privado podem ampliar o PIB em R$ 2,8 trilhões, afirma CVM

Como diz o presidente Lula, transição energética é chance de o país se transformar em “celeiro renovável” Foto: G20 Brasil

“Empresas que investem em iniciativas sociais, gerando impacto positivo, podem melhorar sua reputação e atrair mais investidores”, afirma estudo divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários

Enquanto líder da agenda climática e da transição energética global, o Brasil dispõe de oportunidade única para acelerar o desenvolvimento, incrementar o Produto Interno Bruto (PIB), ampliar as oportunidades de emprego e renda e mitigar as desigualdades socioeconômicas. Estudo confeccionado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – autarquia ligada ao Ministério da Fazenda – indica que os investimentos privados da economia real e do mercado financeiro podem alavancar o PIB do país em R$ 2,8 trilhões até 2030, prazo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que o mundo adote certas medidas concretas visando à redução do aquecimento global.

Os dados constam no Volume 2 da série “Finanças Sustentáveis”, que integra a Cartilha CVM Sustentável, e estão direcionados a empresas e investidores que desejam obter ganhos de mercado. A autarquia enfatiza que o Brasil dispõe de todas as condições para receber investimentos maciços em descarbonização e que o setor privado precisa se conscientizar de que não há dinheiro público suficiente, mesmo nos países mais ricos, para a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no prazo estabelecido.

Leia maisCom Lei do Combustível do Futuro, Lula põe país na vanguarda da transição energética

De acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), são necessários recursos adicionais aos já investidos: entre US$ 2,5 e US$ 3 trilhões anuais até 2030, o que representa 6% do PIB global. Em 2023, o governo federal lançou o Plano de Transformação Ecológica (PTE), que tem por objetivo promover a mudança nos paradigmas econômicos, tecnológicos e culturais em prol do desenvolvimento a partir de relações sustentáveis com a natureza e seus biomas.

Pela ótica das oportunidades

A CVM sustenta que a injeção de investimentos privados na transição ecológica e no progresso social não podem ser vistos apenas sob a perspectiva dos riscos, mas também das oportunidades, porque “não só impulsiona o crescimento econômico […] contribui para a construção de um futuro mais sustentável e resiliente para todos”.

A abordagem da oportunidade, explica o levantamento, está relacionada à adoção de novas tecnologias e de soluções inovadoras para combater o aquecimento global e para preservar a continuidade operacional dos negócios e dos empregos. “Até 2030, em comparação com o modelo econômico atual, mais de 2 milhões de empregos podem ser gerados nesse caminho mais sustentável”, pondera a autarquia.

“Alocar capital com foco em fatores sociais pode contribuir para a melhoria dessas condições, gerando benefícios de longo prazo para a sociedade. Além disso, empresas que investem em iniciativas sociais, gerando impacto positivo, podem melhorar sua reputação e atrair mais investidores. No escopo de fatores sociais, incluem-se questões como globalização, inteligência artificial, automação, equidade, inclusão financeira, distribuição de renda, educação etc”, defende.

Taxonomia

A autarquia ligada ao Ministério da Fazenda chama a atenção ainda para falta de padronização universal dos produtos financeiros rotulados como “verdes”, o que atrapalha a identificação dos fluxos financeiros voltados ao enfrentamento das mudanças climáticas de maneira mais consistente. A CVM fala em evitar o chamado “greenwashing”, prática da área do marketing e não da efetiva preservação da natureza. “Por isso, tem sido discutida a criação de taxonomias ‘verdes’ que possam padronizar a linguagem”, justifica.

“No Brasil, o Ministério da Fazenda submeteu à consulta pública, em 2023, uma proposta de Plano de Ação para o desenvolvimento de uma Taxonomia Sustentável Brasileira, que, de acordo com o cronograma apresentado, passará a ter aplicação obrigatória a partir de janeiro de 2026 […] Ela visa trazer maior transparência, comparabilidade e confiabilidade aos investimentos financeiros sustentáveis, podendo servir como base para a rotulagem de valores mobiliários relacionados a questões ambientais, sociais e climáticas”, elogia a CVM.

Leia mais: Lula: transição energética é chance de o país se transformar em “celeiro renovável”

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Os ODS incluem 17 objetivos e 169 metas. O Brasil tem se empenhado na implementação da Agenda 2030, reforçando ações em áreas como o combate à fome, à pobreza e às desigualdades, além do enfrentamento às emergências climáticas.

Confira abaixo alguns dos pontos acordados pela ONU:

– Erradicar a pobreza e a fome

– Combater as desigualdades

– Promover a igualdade de gênero

– Proteger os direitos humanos

– Assegurar água potável e saneamento básico

– Promover uma agricultura sustentável

– Promover saúde e bem-estar

– Educar de qualidade

– Implementar uma energia acessível e limpa

– Proteger o planeta e seus recursos naturais

PT Nacional, com informações da Comissão de Valores Mobiliários

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex