Foto: Gustavo Bezerra
Os gastos com alimentação e transportes subiram menos nesse mês de abril e influenciaram no recuo da inflação oficial. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,67%, perdendo força em relação ao mês de março, quando a taxa atingiu 0,92%.
No ano, com os números de abril, o IPCA acumula variação de 2,86% e, em 12 meses, de 6,28%, dentro do teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%. Em abril do ano passado, o indicador ficou em 0,55%.
Na avaliação do presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), os números são a prova concreta de que o Governo Dilma sempre teve o controle da inflação. “Não adianta a oposição torce contra ou querer distorcer os fatos, o rumo da nossa política econômica é correto. A preocupação do Governo Dilma sempre foi com o controle inflacionário e com a geração de emprego e renda. E, estamos vivendo uma situação de quase pleno emprego, com a inflação no centro da meta”, afirmou.
Devanir Ribeiro ressaltou ainda que a divulgação dos números oficiais do IBGE é também uma espécie de “cala a boca” na oposição. “Eles alardearam que o Governo Dilma queria acabar com o IBGE, que não permitiria a divulgação de pesquisas. A verdade é simples, as pesquisas estão sendo divulgadas e os dados científicos comprovam o acerto das nossas políticas”, concluiu.
Recuo – Os dois grupos que mais tiveram influência sobre o IPCA de abril, o de alimentação e bebidas e o de transporte, tiveram suas taxas reduzidas de 1,92% para 1,19%, e de 1,38% para 0,32%, respectivamente. E, subiram menos os preços dos alimentos consumidos dentro de casa, de 2,43% para 1,52%, e fora de casa, de 0,96% para 0,57%. O tomate, que foi considerado um dos grandes vilões da inflação de alimentos do ano passado e chegou a ficar 32,85% mais caro em março, desacelerou para 1,94% em abril.
No grupo dos transportes, o destaque veio para a queda nos valores das passagens aéreas, que apresentaram um recuo de 1,87% após os preços terem subido 26,49% em março. Outro item do grupo que também contribuiu para o recuo do IPCA foi o combustível. O etanol passou de 4,17% em março para 0,59% em abril, e a gasolina, de 0,67% para 0,43%. No caso das tarifas de ônibus urbano, a alta dos preços perdeu força e passou de 0,60% para 0,24%.
O IBGE também registrou queda na taxa de despesas pessoais (de 0,79% para 0,31%), causadas principalmente pela queda de 0,02% nos preços dos serviços de manicure, e a desaceleração de 0,58% nos custos relativos a empregado domésticos e cabeleireiro (0,03%).
Os grupos que apresentaram em abril variações superiores a março foram de saúde e cuidados pessoais (1,01% ante 0,43%), em decorrência do reajuste – programado – nos preços dos medicamentos, cuja alta ficou em 1,84%. Os gastos com habitação também mostraram aumento (de 0,33% para 0,87%), motivado pelo avanço nos preços da energia elétrica, reajustados em algumas capitais.
Vânia Rodrigues, com agências