Mais uma vez os especialistas em pessimismo e os arautos do caos foram vencidos pela realidade. Os indicadores mostram uma queda brusca da inflação – que fechou em 0,03% em julho – e o preço da cesta básica caiu nas 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A última vez em que houve recuo no preço em todas as localidades acompanhadas pelo órgão foi em maio de 2007.
Os alimentos tiveram queda de preços de 0,4%. Os produtos não alimentícios registraram deflação de 0,01%. Sete capitais informaram queda de preços, com destaque para o Rio de Janeiro (-0,61%). Entre as cidades, a principal alta foi observada em Curitiba (0,41%).
Os dados divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam queda no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que atingiu o menor índice para o mês de julho dos últimos três anos.
O resultado também mostra que a inflação já está abaixo do teto da meta do governo que é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos para mais ou para menos (ou seja, pode ir de 2,5% até 6,5%). É também a menor variação desde janeiro deste ano (6,15%), no acumulado de 12 meses até julho, a inflação ficou em 6,27%.
A presidenta Dilma Rousseff lembrou que a queda da inflação não é um fato apenas do mês de julho “ela vem caindo mês a mês, estou muito tranquila para dizer, que, no que se refere à inflação, nós temos, de fato a garantia que esse compromisso do governo com a estabilidade está se mostrando na prática e na realidade. A dona de casa que vai no supermercado hoje, ela percebe que a cesta básica reduziu. Isso foi medido em todo Brasil”, afirmou Dilma.
Para o deputado Cláudio Puty (PT-PA) esse resultado trás duas importantes lições: “a primeira, para o público em geral, é que ficou evidente que estávamos vivenciando uma inflação sazonal”, disse Puty.
“Em todos os primeiros semestres dos três anos do governo Dilma nós enfrentamos o debate inflacionário no segundo semestre nós enfrentamos o debate sobre o crescimento”, acrescentou o deputado paraense.
Para Puty, isso demonstra a intensa disputa política dos meios de comunicação e de grupos econômicos contra o governo “porque o que estava por trás de tudo isso era a vontade de nós endurecermos nosso padrão de política monetária aumentando os juros estimulando o desemprego”, argumentou.
A segunda grande lição apontada por Puty “é para nós mesmos” e se refere à orientação geral da política econômica. “Fica claro que não podemos fazer análise de elevador, subiu-desceu-subiu-desceu, e nos guiarmos politicamente por isso. Temos que segurar o manche a partir de uma orientação geral de política econômica, que é pró-emprego, e não mudarmos o rumo”, alertou.
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) lembrou a tosca aparição da global Ana Maria com um colar de tomates no pescoço, “fazendo política, querendo criar um clima de pânico e de pessimismo em relação ao Governo”, através do seu programa. “Felizmente, esse resultado é, sem sombra de dúvida, uma resposta a todos aqueles que estavam apostando na volta da inflação”, completou.
Diante da realidade, a postura da mídia reforça o argumento dos parlamentares. Para os jornais, tomate que sobe é descontrole, mas tomate que desce é sazonal. Fazem questão de ressalvar logo na abertura dos textos que a redução dos preços acontece nesta época do ano. Se é sempre assim, porque não informaram a sobre a sazonalidade dos preços quando os produtos subiram?
“Felizmente a realidade mostra que o Governo está atuando, a inflação está sob controle e a economia, mesmo frente a uma crise mundial sem precedentes, vai crescer, gerando emprego e renda e melhorando a vida do povo brasileiro”, concluiu Ferro.
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Jonas Tolocka com agências