O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (22) a inflação relativa ao mês de maio. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,46% e abaixo da variação de 0,51% apurada em abril.
Se os remédios pesaram mais na inflação de maio, o grupo alimentação e bebidas teve um efeito positivo. Em abril, a variação ficou em 1% e caiu para 0,47% em maio, reduzindo o impacto sobre o IPCA de 0,24 ponto percentual para 0,12 ponto percentual. O grupo Habitação apresentou uma variação de 0,68% em abril e subiu para 0,72% em maio, com impacto idêntico sobre a inflação de 0,10 ponto percentual nos dois meses.
É importante destacar nesse resultado o forte recuo nos preços dos alimentos, cujo peso no gasto das famílias é expressivo. Os preços do açúcar refinado caíram 6,46%; do açúcar cristal 2,37%, do óleo de soja 2,23%, do café 1,92%, do arroz 1,78%, do frango 1,72% e carnes 0,75%. Os preços do tomate, que foi o vilão da inflação entre março e abril, caíram em maio 12,42%. Entre alimentos que tiveram elevação de preços estão o feijão carioca, com alta de 10,13%, cebola, 5,63%; batata-inglesa, 5,45%, leite em pó, 3,32%, leite longa vida, 3,14%, frutas 2,33% e pão francês, 1,5%.
O deputado Jorge Bittar (PT-RJ) avalia que esse resultado se deve às medidas adotadas pelo governo, incluindo a desoneração da cesta básica, que começam a surtir efeito. “Isso demonstra que a política econômica da presidenta Dilma está absolutamente correta”, afirmou. Bittar também elogiou a ação do Banco Central que, segundo ele, “está sempre vigilante e sinalizou com firmeza no combate a inflação”, disse.
Para Jorge Bittar, o resultado divulgado pelo IBGE também serve para “calar aqueles que na oposição dizem que a inflação está descontrolada”. “Vemos que é apenas retórica vazia de um oposicionismo que não tem proposta para nosso país”, completou o deputado.
O deputado Vicentinho (PT-SP) reforçou o argumento: “O resultado divulgado é muito tranquilizador porque muitos pessimistas, inclusive gente da mídia, parece que apostam na alta da inflação e insistem em transmitir insegurança ao mercado, à sociedade e ao nosso povo”.
Na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, lembrou que o efeito sazonal, ou seja, a pressão pontual sobre os preços dos alimentos, tem sido acompanhada atentamente pela autoridade monetária e sempre com um olhar no longo prazo.
Jonas Tolocka com informações do PT no Senado