Contrariando as teses pessimistas do mercado financeiro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) recuou em todas as sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas. De acordo com o comunicado divulgado nesta terça-feira (18), a queda do índice foi mais intensa em Recife, Salvador e São Paulo.
Na capital pernambucana, o IPC-S da segunda semana de fevereiro atingiu 0,68%, ante a taxa de 1,02% registrada na semana anterior. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, a queda foi influenciada pela desaceleração das taxas de variação em cinco das oito classes de despesas que compõem o índice. Os destaques foram educação, leitura e recreação (de 3,40% para 1,96%) e alimentação (de 1,30% para 0,39%).
O deputado Jorge Bittar (PT-RJ), coordenador da Bancada do PT na Comissão Mista de Orçamento (CMO), avalia que essas informações, somadas aos dados de janeiro, que revelou índice abaixo das expectativas, sinalizam um processo de declínio da inflação. “Isso demonstra que a política de contenção inflacionária do governo federal está dando certo – seja pela retomada do crescimento da produção de alimentos, que no ano passado afetaram significativamente o custo de vida, seja pela política do Banco Central de elevação de juros, que está começando a surtir efeito”, analisou Bittar.
O deputado observou que, de maneira positiva, a economia segue numa trajetória de gradual retomada do crescimento, e o nível de emprego continua numa rota satisfatória. “Então, não há motivo para esse clima de verdadeiro terror que os agentes econômicos, principalmente os rentistas, que vivem do mercado financeiro, estão criando com relação à situação da economia brasileira. Estou muito confiante com a trajetória da nossa economia, sobretudo no que diz respeito à maneira como ela afeta a vida dos trabalhadores”, completou Jorge Bittar.
Outras capitas – Em Salvador, o índice registrado na segunda semana de fevereiro chegou a 0,69%, contra a taxa de 0,98% na primeira apuração do mês. Seis das oito classes de despesas registraram queda em suas taxas, com destaque para educação, leitura e recreação (de 3,91% para 2,24%) e transportes (de 0,90% para 0,39%).
“Eu avalio que todos esses dados são muito positivos, mas o mais importante é que continuamos, mesmo numa situação de crise internacional, criando emprego no Brasil e distribuindo renda. Então, acho que o País está num rumo positivo”, destacou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Em São Paulo, o IPC-S da segunda semana deste mês ficou em 0,72%, contra a taxa de 0,98% apurada na primeira semana. As taxas também caíram em seis das oito classes de despesas pesquisadas. As maiores contribuições foram dos grupos educação, leitura e recreação (de 4,49% para 3,06%), despesas diversas (de 4,60% para 3,92%) e alimentação (de 0,77% para 0,57%).
Em Brasília, a variação do IPC-S na segunda semana de fevereiro alcançou 0,70%, ante 0,84% na medição anterior; no Rio de Janeiro, a taxa chegou a 1,05%, contra 1,18%; em Belo Horizonte, a taxa ficou em 0,96%, ante 1,08%; e em Porto Alegre, em 0,62% contra 0,66%.
PT na Câmara, com informações da FGV e da Agência Brasil
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