Índice internacional confirma avanços sociais do Brasil nas eras Lula e Dilma

governoPT

Enquanto o governo interino de Michel Temer e sua trupe golpista implementam um ataque sem precedentes aos direitos sociais e às políticas de inclusão, redistribuição de renda e justiça social, o mundo se rende aos avanços promovidos pelos governos do ex-presidente Lula e da presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff. Matéria publicada na edição desta sexta-feira (19) do jornal “O Valor” revela que, no cômputo geral do Índice de Progresso Social (IPS), o Brasil aparece no grupo de IPS médio superior, à frente dos demais países integrantes do Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul).

Embora seja apenas a 79ª nação do mundo no ranking do PIB per capita divulgado este ano, o Brasil figura no 46º lugar na lista de 133 países que adotam o IPS. Já os Estados Unidos, apesar de estarem entre os países mais ricos do mundo, aparecem apenas na 19ª colocação no ranking de desenvolvimento social deste ano. “É bastante surpreendente a maneira como o Brasil, assim como muitos outros países latino-americanos, está se saindo muito bem na comparação com [a evolução do] seu PIB”, resumiu o economista Michael Green, diretor-executivo do Social Progress Imperative, organização sem fins lucrativos responsável pela criação do índice.

O IPS se baseia em 53 indicadores e foi criado em 2010 para servir como complemento a mecanismos tradicionais de mensuração do desenvolvimento econômico. No que se refere ao Brasil, o índice evidencia que o País progrediu mais em termos sociais do que faz supor o comportamento da sua renda per capita.

Veja a seguir matéria completa do “O Valor”:

Índice internacional vê avanço social no país, apesar da crise

Mesmo atravessando uma das piores recessões de sua história, o Brasil vai bem em termos de avanços sociais, principalmente quando essa evolução é comparada à trajetória do Produto Interno Bruto (PIB). O diagnóstico do economista Michael Green se baseia nos 53 indicadores que, juntos, compõem o Índice de Progresso Social (IPS).

Criado em 2010 para servir como complemento a mecanismos tradicionais de mensuração do desenvolvimento econômico, o índice evidencia que o Brasil progrediu mais em termos sociais do que faz supor o comportamento da sua renda per capita.

Embora seja apenas a 79ª nação do mundo no ranking do PIB per capita divulgado este ano pela revista “Global Finance Magazine”, o Brasil figura no 46º lugar na lista de 133 países que adotam o IPS.

“É bastante surpreendente a maneira como o Brasil, assim como muitos outros países latino-americanos, está se saindo muito bem na comparação com [a evolução do] seu PIB”, resumiu Green, diretor-executivo do Social Progress Imperative, organização sem fins lucrativos responsável pela criação do índice.

No cômputo geral, o país aparece no grupo de IPS médio superior, à frente dos demais integrantes do grupo dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul). Mesmo assim, afetado pela crise econômica, caiu quatro posições em relação ao ano passado, quando ocupava o 42º lugar.

Já os Estados Unidos, apesar de estarem entre os países mais ricos do mundo, aparecem apenas na 19ª colocação no ranking deste ano. A diferença entre desempenho econômico e progresso social foi tema de artigo publicado recentemente por Green na revista “Harvard Business Review”: “Why Americans Are So Angry Despite America’s Strong Economy” (“Por que os americanos estão tão irritados apesar de a economia americana estar forte”).

Na avaliação de Green, essa é uma das razões da força eleitoral do candidato republicano à presidência Donald Trump. O peso que os discursos xenófobos vêm ganhando principalmente nos Estados Unidos e na Europa ajuda a entender o porquê de aspectos como tolerância e inclusão – incluídos no IPS – estarem em baixa, com uma das piores pontuações entre os critérios analisados.

O Brasil, por sua vez, caminha na direção oposta. “O país vai muito bem em [termos de] tolerância e inclusão”, contou Green ao Valor. Os problemas enfrentados pelo país na área de segurança – que nesse caso incluem não só homicídios, mas também a violência no trânsito – são uma das principais barreiras à ascensão do país na lista do IPS, que este ano tem a Finlândia no topo e a República Centro-Africana na última posição. Apesar de puxar o crescimento mundial, a China ocupa apenas a 84ª posição no ranking.

Outros países asiáticos conhecidos pelo ritmo acelerado de expansão econômica também apresentam resultados fracos em termos de progresso social. “Às vezes há uma ligeira sensação do tipo: ‘Por que não conseguimos atingir as mesmas taxas de crescimento econômico da parte leste da Ásia?’ Mas o que estamos vendo realmente é que a América Latina está se saindo melhor que o Leste da Ásia [região que inclui China, Taiwan e Coreia do Sul, entre outros países] quando se trata de converter seu PIB em progresso social. Então, na verdade, alguma coisa está sendo feita de maneira correta por aqui”, compara Green.

Para ele, parte do legado olímpico no país pode se traduzir em melhorias sensíveis no IPS brasileiro. Um dos pontos que podem melhorar a posição do país no ranking de progresso social está relacionado aos investimentos feitos em infraestrutura pública para os Jogos Olímpicos, especialmente na área de transporte.

Outro ponto positivo destacado pelo economista é o peso da Olimpíada como propagadora da cultura (“Eu incluiria o esporte como uma parte grande da cultura. E isso é enriquecedor”). Já o terceiro benefício potencial da realização do maior evento esportivo do mundo no Brasil é bem mais difícil de mensurar, reconhece Green. Trata-se do impacto da Olimpíada na criação e manutenção de uma cultura do bem-estar. “[A Olimpíada] encoraja as pessoas a serem mais ativas? Encoraja as pessoas a levarem uma vida mais saudável?”

No Brasil, o Índice de Progresso Social já é utilizado inclusive em povoados distantes da região amazônica. Apoiado pela Coca-Cola e pela Natura, o projeto IPS Comunidades mensura o avanço social em 50 comunidades ribeirinhas situadas às margens do rio Juruá, no município amazonense de Carauari. Ambas as empresas já atuam na região fomentando cadeias de fornecimento sustentáveis de matérias-primas locais.

PT na Câmara com O Valor

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também