O bom humor dos empresários sobre a situação atual de seus negócios e um otimismo quanto ao mercado de trabalho nos próximos meses ajudou a formar o aumento de 1,6% no Índice de Confiança da Indústria (ICI) de dezembro, anunciado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
No mês passado, o índice caiu 1,1% contra outubro. No período, o ICI atingiu a melhor marca do segundo semestre, passando de 112,7 pontos para 114,5 pontos.
Esse resultado indica a percepção sobre o desempenho atual do setor e as expectativas sobre o desenvolvimento econômico do país no curto prazo, em consultas feitas com 1.196 empresas, que têm faturamento de R$ 625,9 bilhões.
Para o deputado Pedro Eugênio (PT-PE), integrante da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o otimismo do setor produtivo do país é fruto da percepção da forma como é conduzida a economia brasileira. “Os empresários estão tranquilos ao observar a serenidade com que a transição de governo está sendo feita. Eles sabem que sob o comando de Dilma Rousseff haverá continuidade das políticas de crescimento econômico, distribuição de renda e inserção social”, afirmou.
Pedro Eugênio esclareceu que, apesar das turbulências no cenário econômico internacional, a força do mercado interno brasileiro, o crescimento das exportações, aliado a um bom equilíbrio da balança comercial garantem os elementos necessários para garantir ao Brasil um crescimento econômico satisfatório para 2011.
Nas respostas sobre o futuro, a pesquisa da FGV informou que as expectativas dos empresários industriais para os meses seguintes se tornaram mais otimistas em relação ao nível de emprego. Do total de consultados, 31% manifestaram intenção de ampliar o número de empregados até fevereiro de 2011. Essa parcela é maior do que a registrada em novembro (28,6%).
O levantamento mostra ainda que caiu a parcela de empresários que planejam efetuar cortes de pessoal. Em novembro, 7,8% dos entrevistados disseram que iriam eliminar vagas, percentual que passou para 5,7% em dezembro. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria também apresentou crescimento, de 84,5% para 84,9%. A maior marca foi registrada em junho deste ano (85,5%).
Heber Carvalho, com agências