Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (29), o secretário nacional de Cultura do PT, Márcio Tavares, qualificou o incêndio na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, como um “crime anunciado” e exigiu “investigação profunda das causas” da tragédia bem como a responsabilização e punição” dos que provocaram o dano.
Na nota, Tavares lembrou o descaso com que o governo Bolsonaro trata a Cultura e, especificamente, a Cinemateca. “A instituição sofre uma grave crise de gestão e financeira agravada durante a gestão de Bolsonaro e Mário Frias”, afirmou.
O incêndio atingiu o galpão da Cinemateca Brasileira na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, no início da noite desta quinta-feira (29). O local abriga parte do acervo da instituição, constituído de mais de 100 anos de história do maior acervo audiovisual da América Latina, em cerca de 250 mil rolos de filmes. Em julho de 2020, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) moveu ação na Justiça contra a União por abandono da Cinemateca.
Leia a íntegra da nota:
“O incêndio da Cinemateca Brasileira é um crime anunciado. A instituição sofre uma grave crise de gestão e financeira agravada durante a gestão de Bolsonaro e Mário Frias.
A Secretaria Nacional de Cultura do PT alerta há tempos de que o descaso, a falta de orçamento e de pessoal para a gestão institucional e o cuidado adequado com o patrimônio da Cinemateca Brasileira colocava o maior acervo audiovisual da América Latina em perigo.
O incêndio que destrói grande parte da Cinemateca Brasileira, hoje, é fruto direto dessa política de destruição da cultura e da memória nacional, promovida por Mário Frias a partir da Secretaria Especial de Cultura.
Exigimos investigação profunda das causas do incêndio e a responsabilização e punição daqueles que levaram a instituição a essa tragédia.
O audiovisual brasileiro resistirá, porém, à destruição da nossa memória cultural é irrecuperável.
Brasília, 29 de julho de 2021
Márcio Tavares
Secretário Nacional de Cultura do PT”
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Redação PT na Câmara