Inadimplência do consumidor cai 5,1% em agosto. É a maior queda desde maio

A taxa de inadimplência dos consumidores brasileiros registrou queda de 5,1% em agosto em comparação com julho. Esta é a maior queda mensal desde maio, revelou o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física divulgado nesta segunda-feira. No acumulado do ano, o levantamento aponta alta no número de inadimplentes de 9,5%. Com relação ao mesmo mês do ano passado, o índice de inadimplência em agosto apresentou alta de 7%, mesmo patamar verificado na relação julho 2008/julho 2009.

Para o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), com a queda dos juros praticados pelos bancos, principalmente os oficiais, aumentou a credibilidade do investidor e do consumidor na recuperaçãoeconômica brasileira. “As classes B e C são a prova de que o consumo se manteve estável. Já há e haverá crescimento na economia nos próximos trimestres. Isso reflete na queda da inadimplência”, afirmou o parlamentar.

Confiança – Segundo o levantamento, a melhora da conjuntura econômica e o fato de agosto ter tido dois dias úteis a menos que julho contribuíram para a queda mensal. Já no resultado anual, verificou-se que a recuperação econômica, a partir da metade de abril – queda dos juros, recuperação do emprego, maior confiança do consumidor e retorno do crédito – tem contribuído para o decréscimo gradual da inadimplência no período.

Na análise dos oito primeiros meses deste ano, mais uma vez as dívidas com os bancos permaneceram em primeiro lugar no ranking de representatividade: a participação desta categoria foi de 44,2% do total de vencimentos não pagos. No mesmo período do ano passado, este percentual era de 43,2%.

Já os débitos com cartões de crédito e financeiras ficaram com a segunda posição e 36,5% de participação, quatro pontos percentuais a mais do que os 32,6% registrados nos primeiros oito meses de 2008. Os cheques sem fundos ficaram em terceiro lugar na representatividade das dívidas, com 17,4% do total, índice menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior (+22%). Por último aparecem os títulos protestados, cuja proporção foi de 1,9%, inferior ao mesmo período do ano passado, quando o percentual registrado foi de 2,3%.

Equipe Informes com agências

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