A produção de grãos na safra 2015 deve ser de 198,3 milhões de toneladas, alta de 2,5% em relação à colheita deste ano. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, se confirmada, será a maior produção já registrada no País.
O relatório de safra é atualizado mensalmente pelo instituto e prevê a produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas no ano. O cálculo leva em conta dados vindos do campo – que representam cerca de 62% da elaboração do documento – e projeções com base na produção brasileira dos últimos cinco anos (38%).
De acordo com o IBGE, na safra 2015, dos seis produtos de maior importância, cinco apresentam variações positivas na produção: feijão 1ª safra (11%), amendoim em casca 1ª safra (10,7%), soja (9%), arroz em casca (1,4%) e o milho 1ª safra (0,3%). Já o algodão herbáceo registrou variação negativa na produção, de 8%.
Os números positivos estão previstos apesar da seca que afeta o Sudeste. Nas grandes regiões produtoras, no entanto – Centro-Oeste e Sul, a produção não deverá ser afetada. No Nordeste, a temporada de chuvas começa em janeiro.
Para este ano, segundo os dados de outubro, a produção deve somar 193,5 milhões de toneladas, volume 2,8% superior ao obtido em 2013 (188,2 milhões de toneladas). O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que somados representaram 91,4% da estimativa da produção. Em relação ao ano passado, a colheita de arroz teve acréscimo de 3,4%, enquanto a de soja aumentou 5,6% e, a de milho, diminui 2,7%.
A região Centro-Oeste continua sendo a maior responsável pela produção agrícola do país este ano, com colheita estimada para o ano que vem de 82,1 milhões de toneladas (+4,7% sobre 2013). Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 72,3 milhões de toneladas (-1,1%); Sudeste, 17,8 milhões de toneladas (-9,8%); Nordeste, 15,8 milhões de toneladas (+32,2%) e Norte, 5,5 milhões de toneladas (+10%). Nessa avaliação para 2014, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,4%, seguido pelo Paraná (18,5%) e Rio Grande do Sul (15,6%), que somados representaram 58,5% do total nacional previsto.
IBGE