IBGE aponta crescimento e melhor distribuição de renda além de avanços na educação

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra avanços significativos ocorridos no País entre 2013 e 2014 em relação ao crescimento da renda, à diminuição da desigualdade social, à elevação da taxa de escolarização e dos anos de estudo, à queda do analfabetismo, ao aumento do número de pessoas com acesso a internet e ao crescimento da quantidade de trabalhadores com carteira assinada. Também aumentou o número de domicílios com rede de esgoto, água tratada, coleta de lixo e iluminação elétrica.

“Os dados positivos – seja na inclusão social, no aumento da renda ou nos indicadores educacionais – são fruto das políticas públicas adotadas pelos governos petistas de Lula e Dilma. Reconheço que muito ainda há por fazer, mas não podemos nos esquecer das muitas conquistas que já obtivemos”, destacou o deputado Pedro Uczai (PT-SC).

Segundo o IBGE, de 2013 para 2014, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil cresceu 2,4% (de R$ 1.217 para R$ 1.246). O destaque nesse quesito foram os domicílios pertencentes aos 10% com menor renda domiciliar per capita, que tiveram aumento real de 6,2% (de R$ 146 para R$ 155). Já os domicílios pertencentes aos 10% com maior renda tiveram aumento menor, de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183), denotando queda da desigualdade na distribuição do rendimento domiciliar per capita.

Os rendimentos de trabalho também tiveram aumento de 0,8% (de R$ 1.760 para R$ 1.774), e o índice de Gini, que revela como são distribuídos esses rendimentos, também melhorou. Passou de 0,495 em 2013 para 0,490 em 2014 (quanto menor, menos desigual). Nesse mesmo período, o índice de Gini dos rendimentos de todas as fontes passou de 0,501 para 0,497, e o do rendimento domiciliar passou de 0,497 para 0,494.

No caso da taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais, também houve melhora no índice. Em 2013, a taxa foi de 8,5% (13,3 milhões de pessoas), mas recuou para 8,3% (correspondendo a 13,2 milhões de pessoas) em 2014.

Já a taxa de escolarização (percentual de pessoas que frequentam escola) mostrou crescimento entre as crianças de 4 a 5 anos (de 81,4% em 2013 para 82,7% em 2014) e continua registrando seu maior nível no grupo de 6 a 14 anos, 98,5% em 2014. Em 2013, essa taxa era de 98,4%. Também cresceu o percentual de pessoas com ensino superior completo, passando de 12,6% em 2013, para 13,1% em 2014.

Os dados em relação aos anos de estudo também evoluiu. Em 2014, a população tinha, em média, 7,7 anos de estudo, contra 7,6 em 2013.

Internet – Pela primeira vez, a PNAD mostra que a proporção de pessoas (a partir de 10 anos) que acessaram a internet por meio de microcomputador passou da metade da população residente (de 49,4% em 2013 para 54,4% em 2014), chegando a 95,4 milhões e registrando um incremento de 11,4%. A posse de telefone celular para uso pessoal teve um incremento de 4,9% em 2014 (6,4 milhões de pessoas a mais), totalizando 136,6 milhões de pessoas (77,9%).

Serviços – A proporção de domicílios que dispunham de serviços de rede coletora de esgoto passou de 63,4%, em 2013, para 63,5%, em 2014 (1,2 milhão de domicílios a mais), totalizando 42,6 milhões de domicílios atendidos. Dentre os outros serviços, no mesmo período foram observados crescimentos no número de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água (1,9 milhão a mais, com o percentual no total de domicílios crescendo de 85,0% para 85,4%), coleta de lixo (2,0 milhões a mais, aumentando de 89,4% para 89,8%) e iluminação elétrica (1,9 milhão a mais, variando de 99,6% para 99,7%).

Formalização – A pesquisa mostrou ainda que o contingente de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado não agrícola registrou acréscimo de 1,0% ou 345 mil trabalhadores, passando de 34,7 milhões em 2013 para 35,1 milhões de pessoas em 2014.

Héber Carvalho com IBGE

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