O presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, reúne-se nesta sexta-feira, em São Paulo, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dando sequência a sua viagem de dois dias ao Brasil. Ontem, 9, ele foi recebido pela presidenta Dilma Rousseff, para tratar de temas bilaterais e regionais. Dilma confirmou que estará na posse de Humala, em 28 de julho, em Lima.
Depois da passagem pelo Brasil, o peruano deverá continuar seu giro pela América do Sul no Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile. Apenas numa segunda etapa Humala visitará Equador, Venezuela e Bolívia.
“O Brasil é um parceiro estratégico, de muita importância no cenário mundial. Essa é a mensagem da nossa primeira viagem internacional”, disse Humala.
Em busca de apoio dos mercados interno e externo, o presidente eleito do Peru reafirmou que cumprirá todos os acordos e dará prioridade ao desenvolvimento econômico com inclusão social, espelhando-se no exemplo do governo brasileiro que vem sendo dirigido desde 2003 pelo PT e aliados.
Durante seu encontro com Dilma, o peruano ouviu uma explicação da presidente sobre o Plano Estratégico de Fronteira, lançado ontem no Planalto, para reformular a segurança na região e combater o crime organizado.
Na entrevista, Humala ressaltou a importância da parceria entre Brasil e Peru, que enfrentam problemas semelhantes, citando a desigualdade social, o narcotráfico e a falta de segurança. “O Brasil é um modelo de sucesso que combinou crescimento econômico e mobilidade social”, afirmou.
O assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, disse que, independentemente de conotações ideológicas, o Brasil tem interesse em manter a aproximação com os demais países do continente.
“A nossa presença no mundo não pode se dar sem a companhia dos outros países da América do Sul. O Brasil não está preocupado em ter influência na região, mas em desenvolver um projeto de integração”, afirmou Garcia.
Humala disse que um dos objetivos da reunião com Dilma foi tratar de parcerias na fronteira entre Peru e Brasil. Segundo ele é preciso, desenvolver economicamente os municípios que ficam na divisa entre os dois países. “Somos vizinhos e necessitamos fortalecer política de fronteira, desenvolver as fronteiras. A fronteira com Brasil é a menos dinâmica, menos desenvolvida.”
Equipe Informes, com agências
