O deputado Marcon (PT-RS) usou a tribuna da Câmara para lembrar a história de luta e dedicação do Padre Josimo Tavares, assassinado em Imperatriz (MA), por fazendeiros, no dia 10 de maio de 1986. O sacerdote era coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e atuava nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). “Ele foi um grande defensor dos pequenos camponeses, dos Sem Terra, dos índios e quilombolas. Josimo defendia os pobres e injustiçados e, acima de tudo, a vida”, enalteceu Marcon.
O deputado Marcon relatou emocionado que Josimo, dias antes da sua morte, deixou um testamento espiritual que, entre outros pontos, dizia: “A minha vida nada vale em vista da morte de tantos lavradores assassinados, violentados, despejados de suas terras, deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar”.
De acordo com o petista, da mesma forma que assassinaram, covardemente, Padre Josimo, há 17 anos, hoje, as lideranças que também trilham o mesmo caminho do sacerdote, têm suas vidas ceifadas. “Infelizmente a impunidade dos crimes cometidos pelo latifúndio ainda persiste no nosso país e estimula que isto continue ocorrendo. Fica aqui a nossa profunda indignação e nossa homenagem à memória deste grande lutador que foi o Padre Josimo Tavares”, disse Marcon.
Benildes Rodrigues