O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) registrou, em pronunciamento no plenário, a passagem do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, 26 de abril. Ele elogiou a campanha desencadeada por várias entidades do país no sentido de prevenir e combater a pressão alta no Brasil. O deputado apresentou hoje o projeto de lei (PL 7174/10) que obriga a inserção de frase de “alerta” no caso de elevado teor de sódio nos alimentos.
“Trata-se de um trabalho que não se resolve apenas com um projeto de lei, que traz recomendações. Será necessário um projeto educacional no país, em que teremos de ir às ruas, às escolas, aos centros de saúde para que, no caso dos profissionais de saúde, a medição ocorra de forma rigorosamente bem feita, porque qualquer alteração de um ou dois pontos na hipertensão pode significar muitos anos de vida a mais, quando há redução”, disse Chinaglia.
Para Chinaglia, é preciso chamar a atenção para as doenças cardiovasculares que representam 30% de todas as mortes do Brasil. “O número de mortes por doenças cardiovasculares é duas vezes maior do que o das mortes por neoplasias, por câncer, e três vezes maior do que o número de mortes por causas violentas, como assassinatos, suicídios e acidentes de trânsito. Portanto, não cabe dúvidas de que a doença cardiovascular merece atenção infinitamente maior do que a que vem recebendo até o momento”, disse Chinaglia.
A hipertensão arterial, de acordo com o parlamentar petista, é conhecida como um assassino silencioso. Entre as causas da doença, citou Chinaglia, “há o que se pode definir genericamente como alimentação não saudável e o excesso de sal”.
“Portanto, a redução do consumo de sal da população é uma das medidas com melhor custo/benefício para a saúde pública. Essa medida pode reduzir as taxas de uma série de doenças crônicas e também condições relacionadas a um custo estimado de 0,04 e 0,3- dólares/pessoa/ano”, explicou Chinaglia.
Gizele Benitz
