Hidrelétrica de Belo Monte vai gerar energia com cidadania, afirma Ferro

ferro_tribunaO líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), defendeu nesta semana, em plenário, a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (Pará). Ele explicou que o projeto proposto pelo governo Lula diferente substancialmente do projeto da Usina Kararaô apresentado por governos anteriores.

“Aquele sim, era extremamente nocivo porque inundava vastas regiões e afetava direitos dos povos indígenas e das populações originárias daquela redondeza do rio Xingu”, disse Ferro.

Segundo o líder, no projeto que o governo Lula está levando a debate, pouco mais de 500 quilômetros quadrados serão inundados. “O projeto para Belo Monte caracteriza-se como um dos empreendimentos hidrelétricos de menor área inundada, com respeito ao meio ambiente e com geração de energia com cidadania”, explicou.

Ele propôs também a realização de um debate equilibrado sobre as vantagens que a usina trará para o desenvolvimento econômico do País e os cuidados ambientais que precisam ser observados. “Portanto, este é um debate que tem de ser feito de forma madura, não emocional. Não admitiremos irresponsabilidades tanto da parte do Estado brasileiro quanto de outros setores que já ameaçam esse empreendimento, sem participar de um debate maduro e esclarecedor”, afiançou o líder.

Na avaliação do líder do PT, se o projeto hidrelétrico for desenvolvido com respeito, a partir de um amplo debate, sem sombra de dúvida seus efeitos serão mitigados e, mais do que isso, beneficiará a região onde será implantado. “A hidrelétrica levará importantes contribuições para as populações originárias , com melhoria da qualidade de vida, promoção do desenvolvimento com sustentabilidade socioambiental; enfim a energia de que precisamos será gerada com cidadania”, afirmou.

O deputado Fernando Ferro defende que as populações indígenas da região participem do debate. Esse caminho, disse, vai preservar os direitos dos povos originários e da cidadania da população de Xingu.

O líder petista alertou que, se o País não construir hidrelétricas, terá que assumir outros caminhos. “Teremos que usar energia nuclear e energia térmica, gerar energia à base de combustível fóssil, aumentando a emissão de gases do efeito estufa, causando perdas importantes ao nosso diferencial de gerar energia limpa”, argumentou.

James Cameron – Fernando Ferro criticou também a participação do cineasta norte-americano James Cameron em manifestação ocorrida nesta semana contra a construção da usina de Belo Monte. “Não será o cineasta James Cameron, diretor do filme Avatar, que nos ensinará a gerar energia elétrica, até porque ele poderia ter feito isso no país dele, que exterminou as populações indígenas, em um genocídio sem precedentes ” ironizou. No Brasil, continuou Fernando Ferro, nós estamos assistindo à evolução, ao crescimento e ao respeito as nossas etnias. “Portanto, não temos nenhuma lição a receber”.

Na avaliação do deputado Fernando Ferro, muitos estrangeiros vêm ao País com o discurso de ambientalistas, querendo ensinar o que fazer com nossos recursos naturais nacionais. “Se há um país que tem condições de dar lição sobre sua matriz energética, sobre a defesa dos seus recursos ambientais, é o nosso. Nós, como ninguém, temos praticado políticas de mitigação do efeito estufa; nós construímos uma matriz energética extremamente limpa, modelar para o mundo”, observou.

Maturidade – O líder do PT disse ainda que as mesmas instituições que criticam a construção da hidrelétrica são as que querem energia na sua casa.

Ele sublinhou que, para promover crescimento do Produto Interno Bruto na ordem de 5% a 6% ao ano, tem que haver energia. “Não podemos parar, não podemos ser irresponsáveis de suspender o processo de geração de energia, sob risco de comprometer nosso futuro e o das futuras gerações. Portanto, esperamos que haja maturidade e responsabilidade para fazer esse debate”.

Ele lembrou que o País conta com instituições como o Ministério Público, o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama para conduzir o debate. Ferro disse ainda que há a pressão social legítima para exigir respeito aos direitos das populações a serem afetadas pelo projeto.

Vânia Rodrigues

 

 

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