O livro Herança maldita – o desgoverno tucano em Minas, de autoria do líder do governo Fernando Pimentel (PT) na Assembleia Legislativa, deputado Durval Ângelo (PT) destrincha os 12 anos de mazelas do desgoverno tucano em Minas Gerais, período comandado por Aécio Neves e Antônio Anastasia. Atualmente, ambos ocupam cadeiras no Senado Federal. “Foi um período de retrocesso para o estado, ao contrário do que propagam os expoentes do PSDB”, critica Durval Ângelo.
Um dos pontos abordado pelo autor diz respeito às denúncias de irregularidade e corrupção envolvendo tucanos ligados ao senador tucano Aécio Neves na gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
“A empresa (Cemig), por sinal, é citada em várias passagens, demonstrando que em diferentes situações, foi usada para atender a interesses partidários e de empresários”, aponta o deputado.
Ao contrário da investigação que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) fizeram na Petrobras, identificando e punindo envolvidos em corrupção, em Minas Gerais, a Cemig parece guardar segredos que, ainda hoje, não despertaram interesse por parte desses órgãos em investigar as denúncias envolvendo a estatal mineira.
Lançado no fim de maio, o livro condensa as irregularidades mais relevantes encontradas pela pesquisa de Durval Ângelo nos arquivos de atas do Legislativo mineiro e na mídia nacional, relativas ao período da gestão tucana em Minas Gerais nos anos de 2003 a 2014.
O livro define como “farsa” dois mitos administrativos sagrados do tucanato e que fez parte da linha de frente do marketing político do senador e ex-governador Aécio Neves: “choque de gestão” e o “déficit zero”.
“Não passaram de uma farsa, sustentada pela propaganda e até por manobras contábeis”, denúncia o líder petista.
Benildes Rodrigues com Agência PT