Henrique Fontana lamenta manobra para barrar reforma política

A Comissão Especial da Reforma Política adiou, para a próxima quarta-feira (28), o debate sobre o relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS). A tentativa de obstrução dos trabalhos do colegiado, comandada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atrasou o início da discussão, que foi suspensa pelo início da Ordem do Dia no plenário da Câmara. Para o relator da proposta, essa foi a forma encontrada pelos opositores da reforma para impedir a aprovação do relatório.

Todos os sinais indicavam que a maioria dos membros da Comissão queria votar e aprovar a Reforma Política, inclusive a questão do financiamento público de campanha. Infelizmente, o grupo contrário comandado pelo deputado Eduardo Cunha, utilizou a obstrução dos trabalhos como forma de impedir a discussão da matéria”, lamentou Fontana.

Polêmica – Pouco comum nas reuniões das Comissões, o início dos trabalhos foi marcado pelo pedido de leitura da ata da reunião anterior, formulado pelo deputado peemedebista. Apesar dos apelos do presidente da Comissão, deputado Almeida Lima (PPS-SE), e do relator, que desejavam prosseguir com as discussões, a ata foi lida, atrasando ainda mais o início dos debates.

Durante a votação da ata, o deputado Eduardo Cunha declarou ser contra a forma de votação do relatório proposta por Henrique Fontana. Ao contrário do petista, que defendia a votação integral do texto ressalvado os destaques, o deputado do PMDB queria votar por artigo ou por tema.

Se o deputado Eduardo Cunha quiser obstruir, vamos passar horas votando a matéria, mas se votarmos o relatório base e, num segundo momento, votarmos os destaques, qualquer deputado que discorde de algum ponto da proposta poderá alterar o texto”, propôs Fontana ao tentar superar o impasse.

Apesar do apelo não houve acordo, e as discussões prosseguiram até o início da Ordem do Dia. O deputado petista lamentou a atitude de Cunha, ao lembrar a falência do atual sistema político brasileiro. “A cada semana tomamos conhecimento de fatos novos que comprovam que a Reforma Política é importantíssima para o País. Principalmente, em relação ao financiamento de campanha privado, que está totalmente ultrapassado”, defendeu.

Heber Carvalho

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