Buscando a retomada do diálogo com as bases da sociedade, o ex-ministro Fernando Haddad participou na manhã desta sexta-feira (15) do encontro com os movimentos sociais do Ceará, na sede da CUT-CE. “Nós temos que recuperar a capacidade de diálogo. Saber ouvir o povo foi uma das muitas coisas que Lula nos ensinou. Precisamos voltar para comunidade, para o local de trabalho, para a fábrica, enfim, recuperar o jeito de conversar com o nosso povo”, disse Fernando Haddad aos presentes.
Para Haddad, o Ceará representa uma das maiores forças do País. “Vocês do Ceará me lembram do momento da campanha quando consegui ser contagiado com a energia e entusiasmo do povo nas ruas, quando conseguimos reduzir a distância que nos separava da vitória”, disse emocionado.
Ele lembrou das mentiras e fake news utilizadas pela campanha adversária durante as eleições. “É fácil em um momento de crise você se eleger com demagogias. A nossa democracia vinha sofrendo ataques desde 2014, quando Aécio não aceitou a derrota nas eleições. A nossa democracia exige respeito”, falou Haddad.
Os deputados José Guimarães (PT-CE) e José Airton Cirilo (PT-CE) acompanharam Fernando Haddad na agenda com os movimentos sociais e no encontro com o governador do estado, Camilo de Santana (PT).
Reforçando o aniversário do Partido dos Trabalhadores que será comemorado na noite desta sexta no Hotel Oásis Atlântico, o presidente do PT Ceará, Antônio Filho, lembrou da importância dos movimentos sociais para a virada conquistada na campanha de Haddad.
“Agora, o nosso papel nessa conjuntura é que possamos fazer juntos o enfrentamento. Não podemos aceitar nenhum retrocesso imposto pelo governo eleito. Temos que defender as conquistas que nós alcançamos nos nossos governos, organizar a construção de uma alternativa de resistência, protegendo nossos recursos naturais, respeitando os direitos dos trabalhadores e os valores sociais que nos definem como militância. Não faltará coragem do povo com esse professor que não foge à luta”, explica Antônio Filho se referindo a Haddad.
Agenda de Lutas dos Movimentos Sociais
Durante o encontro realizado nesta manhã, o presidente da CUT-CE, Wil Pereira, falou sobre a importância de derrotar a reforma da previdência apresentada pelo governo Bolsonaro. “A derrota dessa reforma, pior que a de Temer, é dizer que os trabalhadores são fortes. Temos que dia 20 lotar as ruas para dizer que essa reforma da previdência não nos representa e nós não a aceitamos”, explicou.
Outro ponto discutido durante o encontro e colocado como uma das prioridades foram as mobilizações para o 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. “Nós homens também temos que nos juntar na luta das mulheres para fazermos um ato massivo e unitário em Fortaleza”, falou Wil. Para Ticiana Studart, da Marcha Mundial das Mulheres “nesse ano nós temos a compreensão do papel do movimento feminista. No ano passado conseguimos, juntas, construir o movimento do “Ele não”, onde nós já anunciávamos o risco dessa agenda conservadora. As mulheres precisam tomar novamente as ruas e declarar que esse governo de Bolsonaro não nos representa”, explica.
Outra agenda importante para a luta dos partidos progressistas e dos movimentos sociais é o dia 7 de abril, quando se completa um ano da prisão política do ex-presidente Lula. A novidade é que entre os dias 19 a 21 de março os movimentos sociais sairão em caravana do Ceará para liderar uma agenda de atividades em Curitiba, por Lula Livre em frente à sede da Polícia Federal, onde Lula está a mais de 300 dias refém de parte do sistema judiciário.
Classe trabalhadora representada
“Temos orgulho do que o nosso professor trouxe para as eleições em 2018. Nós queríamos fazer um grande debate sobre tudo que estava em jogo para que as riquezas do país ficassem a favor da população”, disse Enedina Soares, presidenta da Fetamce (Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará). Ela finalizou destacando uma importante missão para Haddad: “Companheiro professor, você precisa fazer desse país uma grande sala de aula. Precisa liderar e ajudar na luta pelos direitos dos trabalhadores e na luta por Lula Livre”, finalizou.
Atendendo aos pedidos, Haddad se colocou à disposição do povo para lutar contra as ameaças do governo Bolsonaro à classe trabalhadora. “Nós temos o desafio das ruas, pois ele tem a caneta na mão e tem apoio dos poderosos. Por isso, a Reforma da Previdência que ele quer fazer é manter os privilégios e piorar a aposentadoria do trabalhador. Se essa reforma for aprovada, a maior parte da nossa população idosa viverá na linha da pobreza”, finalizou Haddad.
Haddad com movimentos sociais em Fortaleza
Estiveram presentes na atividade a CUT, PT, PCdoB, Marcha Mundial da Mulheres, MAB, MST, MTD, Quilombolas, PJMP, Comunidades Eclesiais de Base, Fetamce, Sindjorce, Fetraece, Fretace, Povos de Terreio, Levante, UJS, UNE, UBES, Kizomba, JPT, Núcleo Popular, CTB, Pastoral dos Pescadores, ABJD, Movimento de Pessoas com Deficiência, Comunicadores pela Democracia, Consulta Popular, Fórum LGBT, além de ativistas da cultura e dos direitos humanos.
Da Assessoria de Comunicação do PT Ceará