O deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou em discurso nesta segunda-feira (4) na Câmara, que o combate à pobreza extrema no país deve ser encarado como uma prioridade. O parlamentar destacou o compromisso assumido pela Presidenta Dilma Rousseff de manter as ações já implementadas pelo governo do ex-presidente Lula, mas também de avançar na busca de soluções para enfrentar a miséria, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.
Segundo Guimarães, a pobreza está mais concentrada na região nordeste que possui 28% da população brasileira e onde se encontra 57,3 % dos indivíduos que vivem em situação de extrema pobreza. O parlamentar destacou que os dados são do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE), vinculado ao Banco do Nordeste.
O parlamentar disse ainda que há uma grande concentração de pessoas em condições de extrema pobreza na área rural. “A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) informa que a área rural da região concentra 35% de pessoas com renda familiar inferior a 1/8 do salário mínimo”, destacou.
Para José Guimarães, outra grande preocupação é o expressivo número de crianças na situação de pobreza. “Precisamos tratar esse assunto com a maior responsabilidade, porque entre a população de 0 a 14 anos, 45% vivem em situação de pobreza em todo o país”, alertou.
Programas Sociais- José Guimarães destacou que os programas sociais do Governo Federal, que fornecem crédito e renda, estão entre as melhores ações de combate à pobreza no Nordeste. “O Nordeste é uma das regiões que mais vem aumentando o consumo e isso acontece por conta de programas criados ainda no governo Lula, como o Bolsa Família, ou outros desenvolvidos pelo Banco do Nordeste, como o Crediamigo e o Agroamigo, voltados aos pequenos agricultores”, destacou.
O parlamentar afirmou ainda que o programa Bolsa Família, muito criticado quando foi lançado, hoje é um programa social que além de transferir renda, gera empregos e movimenta a economia local. “O Bolsa Família é como uma roda, ele movimenta e desenvolve a economia local, gerando empregos e divisas por meio do impacto positivo que causa no orçamento das famílias que o recebem”, afirmou. Segundo Guimarães, o mesmo acontece com os programas de crédito da agricultura familiar que já retirou milhares de famílias rurais nordestinas da condição de pobreza.
Héber Carvalho