Guimarães alerta para índices “preocupantes” de extrema pobreza no país

guima_plenarioO deputado José Guimarães (PT-CE) ocupou a Tribuna na semana passada para elencar uma série de políticas que, na sua opinião, os governos ainda precisam enfrentar no combate à pobreza. Ele destacou que é no Nordeste do país onde os índices são mais preocupantes.

“Essa é uma questão central para a agenda política do Governo da Presidenta Dilma e, acredito, também para as agendas dos Governadores dos Estados, especialmente os do Nordeste”.

Guimarães lembrou que a presidenta Dilma, em seu discurso de posse no Congresso Nacional, apontou o combate a pobreza como estratégico e prioritário em seu governo. “Não só pelo legado do Governo do Presidente Lula, que desenvolveu políticas sociais de grande impacto nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, mas também pela decisão de enfrentar com radicalidade a pobreza extrema em nosso País”.

O parlamentar petista apresentou dados coletados em pesquisas realizadas por institutos ligados a Universidade Federal do Ceará e ao Banco do Nordeste e que “mostram a grandiosidade da tarefa do Governo e da Câmara no enfrentamento e na superação da miséria”. Os dados, acrescentou José Guimarães, “que subsidiaram o governo Dilma para o lançamento agora em maio do PAC de erradicação da pobreza no país, revelam a permanência de um sem-número de brasileiros e brasileiras em situação próxima ou abaixo da linha de pobreza, o que resulta numa grande população sem condições mínimas de cidadania e à margem do mercado”.

Segundo a pesquisa apresentada pelo deputado José Guimarães, a extrema pobreza está mais concentrada no Nordeste, que possui 28,2% da população total do País. Ou seja, a região concentra 57,3% dos indivíduos nessa situação. Há também grande concentração de pessoas na condição de extrema pobreza na área rural, que responde por apenas 15% da população, mas possui mais de 35% de pessoas com renda familiar per capita inferior a um oitavo do salário mínimo. Indivíduos com menos de 15 anos representam 24,2% da população total do País e 44,5% estão em situação vulnerável. “São dados alarmantes. Precisamos tratar esse assunto com o maior senso de responsabilidade e realizar uma verdadeira cruzada para convencermos os Governadores e a Presidenta da República de que o que fizermos ainda será pouco para erradicar essas mazelas ainda profundamente arraigadas em nossas regiões”, afirmou o parlamentar petista.

Ao apontar as políticas que, na sua opinião, o governo precisa desenvolver para combater a pobreza, o deputado José Guimarães reiterou a importância de programas sociais já implementados, como Bolsa Família e o de apoio à agricultura familiar (Pronaf) e que “vem permitindo uma sensível melhora de algumas regiões do país, principalmente o nordeste”.

Ainda entre as ações que poderiam ser desenvolvidas, Guimarães destacou o programa Água para Todos e iniciativas na área da educação. “Não se pode enfrentar o problema da pobreza se não houver água, que é básica para a sobrevivência. O governo também tem que investir na educação, pois a pobreza está vinculada à falta de ensino de qualidade”, disse.

“O Brasil não pode crescer a taxas médias de 5%, 6%, 7% ao ano e conviver com as grandes desigualdades sociais ainda muito presentes nas regiões mais pobres do seu imenso território. É isso que compromete o futuro desta Nação. Faremos todo o esforço possível para dar ao Governo condições de enfrentar essa que, a meu ver, é a questão central: erradicar a pobreza extrema em que ainda vivem milhões de brasileiros, especialmente os do nosso Nordeste e do meu Ceará”, frisou o deputado José Guimarães.

Gizele Benitz

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