Grande mídia omite avanços da Petrobras para atacar governo Lula e investimentos públicos

Em 2023, a empresa investiu US$ 12,7 bilhões, um crescimento de 29% em relação a 2022 Foto: Agência Brasil

Diante da sucessão de resultados positivos registrados pela economia brasileira desde o ano passado, a mídia corporativa, que abandonou o bom jornalismo para atuar como porta-voz do capital financeiro, tem se especializado cada vez mais em fazer uma leitura distorcida dos dados para prosseguir nos ataques ao governo Lula e aos esforços pelo fortalecimento dos investimentos públicos.

Isso ocorreu, por exemplo, após a Petrobras divulgar um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões em 2023, o segundo mais alto na história da companhia, que vem acompanhado do segundo maior Ebitda (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) já verificado, de R$ 262,2 bilhões, e do segundo maior fluxo de caixa operacional – R$ 215,7 bilhões. Esses resultados foram sustentados pelos recordes operacionais ao longo do ano passado e pela bem-sucedida estratégia comercial para diesel e gasolina.

Os avanços registrados pela Petrobras ocorreram mesmo em um cenário adverso: na comparação entre 2022 e 2023, o preço internacional do petróleo (Brent) caiu 18%, e o diferencial de preço do diesel em relação ao petróleo (crackspread) recuou 23%.

“Mesmo neste cenário mais desafiador, batemos recordes atrás de recordes de produção, aumentamos os investimentos, reduzimos a dívida financeira e colocamos em operação quatro novas plataformas neste primeiro ano de gestão. Tudo isso com menor intensidade de emissões e mais eficiência. Por isso, celebramos as conquistas de 2023 e compartilhamos os ganhos com a sociedade brasileira”, destacou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.

A mídia corporativa, no entanto, preferiu destacar que o lucro da Petrobras caiu 33% em 2023, sem informar os leitores que esse resultado segue uma tendência mundial e que a companhia brasileira apresentou desempenho melhor do que o das concorrentes estrangeiras.

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou a falta de compromisso da grande imprensa com a verdade. “Manchetes gritam que lucro da Petrobras caiu 33% no primeiro ano de Lula mas escondem que resultado foi até melhor que o das petroleiras gringas. Lucros da Chevron, da Shell e da ExxonMobil caíram entre 35% e 40%. O que houve no mundo do petróleo em 2023 foi um retorno aos preços praticados antes da guerra da Ucrânia, mas querem é falar mal do Lula. Não é ignorância, é má fé!”, afirmou Gleisi, na rede social X.

 

Mídia omite uma série de avanços da empresa

A cobertura manipulada da grande imprensa sobre os resultados da Petrobras privou os leitores de ter acesso a uma série de informações importantes a respeito do desempenho da companhia, incluindo o registro de vários recordes.

Em 2023, por exemplo, a empresa investiu US$ 12,7 bilhões, um crescimento de 29% em relação ao ano anterior. Além disso, pagou R$ 240 bilhões em tributos à União e demais entes públicos. “Estamos mais próximos da sociedade. Um dos exemplos é que lançamos, nesta gestão, as maiores seleções de projetos socioambientais e culturais da história da Petrobras”, sublinhou Prates.

O retorno ao acionista da Petrobras superou de longe o das empresas pares ao longo de 2023. O TSR – Total Shareholder Return, que considera o pagamento de dividendos e a variação das ADRs preferenciais na bolsa de Nova York, foi 112%, percentual bem superior ao de empresas de mesmo porte no setor, que atingiram, no máximo, o patamar dos 20%.

Em 2023, as contribuições da Petrobras à sociedade também foram reconhecidas em diversas premiações. A companhia, por exemplo, é a única empresa premiada nas cinco categorias de boas práticas do Movimento Transparência Brasil do Pacto Global da ONU.

Outro resultado que se destaca nos dados financeiros da Petrobras em 2023 é a redução de US$ 1,2 bilhão na dívida financeira da empresa. A dívida bruta permanece controlada, no patamar de US$ 62,6 bilhões, mesmo após o aumento de US$ 10 bilhões referentes a arrendamentos, incluindo US$ 8,7 bilhões relativos ao afretamento das quatro novas plataformas de produção que iniciaram a produção em 2023: os FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, no projeto de revitalização de Marlim e Voador, o FPSO Almirante Barroso, quinta unidade a entrar em operação no campo de Búzios, e o FPSO Sepetiba, segundo sistema definitivo de produção de Mero.

Os afretamentos de plataformas passaram a ser considerados na dívida em 2019 pela norma contábil internacional (IFRS 16).

“Os resultados financeiros de 2023 mostram que estamos construindo uma Petrobras mais sólida, mais resiliente e capaz de gerar valor a longo prazo para seus sócios e para a sociedade. O crescimento da companhia também se refletirá no desenvolvimento socioeconômico do país. Os investimentos previstos no Plano Estratégico 2024-2028 têm o potencial de gerar 280 mil empregos diretos e indiretos”, destacou o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Sérgio Caetano Leite.

Segundo Jean Paul Prates, 2023 foi o primeiro ano de uma jornada que levará a Petrobras a liderar a transição energética justa no Brasil de forma gradual e consciente. “Vamos encarar os desafios aproveitando as sinergias com os nossos negócios e alavancados nas nossas expertises, nunca negligenciando a geração de valor econômico, como não poderia deixar de ser para uma empresa que quer manter-se competitiva e perpetuar valor para as gerações futuras”, disse o presidente da Petrobras.

Recordes operacionais

Em suas operações, a Petrobras também superou uma série de recordes em 2023. A produção total própria no pré-sal chegou a 2,17 milhões de barris de óleo equivalente, 10% acima do registrado no ano anterior. Com isso, o pré-sal já representa 78% da produção total da companhia. A boa produtividade das jazidas nesta fronteira se comprovou mais uma vez com o topo de produção do FPSO Almirante Barroso, em tempo recorde: menos de 5 meses.

Outros recordes registrados pela Petrobras no ano passado ocorreram no processamento de óleos do pré-sal, que representaram 65% da carga processada no Refino, três pontos percentuais acima do volume de 2022; e na produção e vendas de diesel S-10: Produção de 428 mil barris por dia (bpd) e vendas de 463 mil (bpd). Enquanto o fator de utilização do parque de refino chegou a 92%, um aumento de quatro pontos percentuais em relação a 2022.

O ano de 2023 foi marcado também por recordes de eficiência em carbono tanto no Refino quanto no E&P, o que permitiu a redução de 1,8 milhão de toneladas de CO2e nas emissões absolutas de 2023 em relação a 2022. Em relação a 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris, a redução já é superior a 40%. Além disso, a Petrobras atingiu o melhor resultado histórico em redução de emissões de metano, uma de suas prioridades.

PTNacional

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