Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (10), representantes dos movimentos sociais anunciaram o início da Marcha Nacional Lula Livre. Segundo Alexandre Conceição do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, a caminhada que contará com cerca de cinco mil trabalhadores, sai de três localidades em direção à capital federal: Formosa e Luziânia, no estado de Goiás e Engenho das Lages, entorno do Distrito Federal. A Marcha desloca desses três pontos neste sábado (11) e chega a Brasília na próxima quarta-feira (15).
Alexandre Conceição explicou que essa caminhada é uma resposta à perseguição jurídica e midiática pela qual passa os movimentos sociais e, principalmente, o ex-presidente Lula. “Para aprofundar a democracia, é necessário libertar o presidente Lula. E ele só será livre com ampla mobilização. Por isso, estamos no conjunto das forças sociais preparando para essa grande marcha, esse grande levante nacional em defesa da democracia e do presidente Lula”, afirmou.
O ativista destacou também nesse conjunto de atividade em defesa do ex-presidente Lula e da democracia, a greve de fome de sete militantes do movimento social do campo e da cidade, que entra hoje no 11º.
“Estamos fazendo a greve de fome porque é preciso pressionar o judiciário para que se faça justiça real. Nós estamos em mobilização permanente para que o ex-presidente Lula seja libertado e, ao mesmo tempo, para que o povo tenha o direito de ter o seu voto seja respeitado nas urnas. O direito de escolher livremente o seu candidato”, defendeu.
Alexandre Conceição reforçou que a marcha também é contra as mazelas que o golpe de 2016 impôs ao País. Ele destacou o caos provocado pela “Ponte do Futuro” – a principal bandeira do golpe – com a volta da fome, da miséria e do desemprego. Criticou ainda as privatizações e a perda da soberania nacional.
“A crise política nos trouxe até aqui. Estamos marchando novamente porque é preciso manter a esperança”, conclui Alexandre Conceição.
Benildes Rodrigues