A Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) pretende concluir neste ano um plano de desenvolvimento de longo prazo para 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil. A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo ministro da SAE, Samuel Pinheiro Guimarães.
Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, o ministro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encomendou o planejamento à secretaria. A intenção é apresentar 100 metas estratégicas para o país em relação à várias áreas de atuação.
Para isso, foi criado um grupo de trabalho para cada ministério, formado por representantes da secretaria, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), dos ministérios e da Casa Civil. “Eles elaboraram documentos com dados da importância estratégica de cada setor, os avanços realizados e as metas prioritárias”, disse.
O ministro afirmou que os documentos já concluídos foram encaminhados a uma extensa lista de pessoas. “Encaminhamos os documentos a ministro, presidentes de partidos políticos, governadores de estado, parlamentares, centrais empresariais e centrais dos trabalhadores. Também enviamos os trabalhos a todos os ex-presidentes da República e ex-ministros de cada pasta envolvida, além de colocar os resultados no site da secretaria”, disse.
Segundo Samuel Pinheiro Guimarães, o documento final “terá uma visão do mundo para 2022, uma visão para a América Latina e uma visão para o Brasil”. “As 100 metas prioritárias estão sendo construídas e a intenção é colocá-las em debate”, acrescentou.
Segundo o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), “o governo está adotando uma postura de pensar o Brasil do futuro e estabelecer as metas e as formas de chegar a esse futuro”. As metas incluem a eliminação da desnutrição infantil, do analfabetismo e a intensificação dos programas de educação.
Na reunião, o ministro afirmou que a secretaria também trabalha na questão da regularização fundiária da Amazônia, com zoneamento de pastagens para pecuária de modo a evitar o desmatamento. “A SAE tem tido um papel importante, mas não muito visível, como o de estudos sobre a banda larga ou defesa estratégica”, disse.
Gabriela Mascarenhas