Além do corte de 63% dos recursos e censuras ao conteúdo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que se transformou em mais uma máquina de propaganda de Temer, agora é a vez da Rádio Nacional da Amazônia ser sucateada pelo governo ilegítimo.
A emissora, que transmite em ondas curtas para a região amazônica, com cobertura de mais da metade do território nacional, está fora do ar desde 20 de março deste ano, após um raio atingir a sua torre de transmissão. Apesar de estar funcionando com apenas 5% de sua capacidade, ela será homenageada nesta quarta-feira (27), em sessão solene na Câmara dos Deputados, às 9h. A sessão foi solicitada pelos parlamentares que integram a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentecom).
O senador Jorge Viana (PT-AC) lamenta o descaso com a comunicação pública, em especial a Rádio Nacional. “É muito triste esse sucateamento, pois a população da Amazônia tem nesse veículo a sua maior fonte de informação e num país continental como o nosso, o rádio vai seguir por muitos anos sendo fundamental para a cidadania”.
A senadora e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), denuncia o corte de R$ 108 milhões no orçamento da EBC. Segundo ela, isso “impede a manutenção dos transmissores para que volte a funcionar nos nove estados da Amazônia Legal do país”.
No ar desde 1º de setembro de 1977, a Rádio Nacional da Amazônia é um canal de comunicação popular que fortalece o elo entre as comunidades da Amazônia, valorizando e divulgando a diversidade cultural da região. A emissora atinge, potencialmente, 60 milhões de habitantes. As pautas nascem das demandas da população.
Além da violação do direito à informação de milhares de pessoas que vivem nos estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins), como resultado do ocorrido, a EBC corre o risco de perder a concessão da rádio.
PT no Senado