Governo recua, mas oposição e trabalhadores mantêm mobilização contra reforma

Sem os votos necessários para aprovar a Reforma da Previdência (PEC 287/16), o governo golpista de Michel Temer foi obrigado a recuar e retirar de pauta a proposta que inviabilizaria a aposentaria para milhares de brasileiros. “Não foi um simples recuo do governo, foi uma grande vitória popular e democrática dos partidos de oposição, das centrais sindicais e dos setores da sociedade que se mobilizaram contra a reforma, que na realidade não reformava nada, apenas retira direitos”, afirmou o deputado Pepe Vargas (PT-RS), que participou da comissão especial que analisou a PEC 287.

Pepe Vargas avaliou que talvez essa tenha sido a principal vitória do povo brasileiro desde o golpe de 2016 e de servir de ensinamento. “Houve uma forte reação popular, uma grande unidade e muita mobilização para impedir a aprovação dessa reforma que só visava adequar os gastos previdenciários ao congelamento das despesas com as políticas sociais que esse governo Temer implementou. Que possamos ter essa mesma capacidade em outras bandeiras e na formação de uma grande frente política em defesa do interesse do povo e do Brasil contra esse governo entreguista e golpista”.

Da tribuna, nesta terça-feira (20), o deputado João Daniel (PT-SE) também falou sobre a derrota do governo e da vitória da classe trabalhadora com a retira da PEC 287. “É vergonhoso como o governo golpista de Temer e seus aliados querem mudar o foco. Foram derrotados pelo povo brasileiro na Reforma da Previdência, não arrumaram os votos necessários e agora querem criar um fato novo para impedir o verdadeiro debate do Brasil que é a eleição de 2018”, afirmou João Daniel.

O parlamentar do PT-SE alertou, no entanto, que não se pode abaixar as bandeiras. “Continuaremos na luta porque, enquanto estiver no Palácio do Planalto alguém que não foi eleito pelo voto legítimo, nada podemos esperar. Uma nova pauta conservadora está aí”, citou.

O deputado Caetano (PT-BA) também usou a tribuna nesta terça-feira para comemorar a derrota do governo na Reforma da Previdência. Na sua avaliação, a reforma “dançou” em função das manifestações populares contra as mudanças nas regras previdenciárias. “O vampirão Michel Temer vai para o tudo ou nada com essa intervenção irresponsável no Rio. Ele que passou esse período de recesso parlamentar dizendo que a Reforma da Previdência ia passar aqui no Congresso. Chamou deputado, gastou com propaganda, prometeu emendas, mas viu que a reforma não passava porque o povo brasileiro se manifestou de Norte a Sul, de Leste a Oeste deste País, porque veio para as ruas, as redes sociais, o carnaval foi um show total, e a reforma da Previdência dançou”, afirmou.

O deputado Décio Lima (PT-SC) enfatizou que o Brasil mostrou ao governo Temer que ele pode ser derrotado. “A reação popular e a resistência enterraram a Reforma da Previdência do Temer e do PSDB”, afirmou.

E a deputada Margarida Salomão (PT-MG) destacou que, após a pressão popular, “Temer foi incapaz (por enquanto) de aprovar o fim da aposentadoria”. E avisou que seguirá em alerta e na resistência pelos direitos do povo brasileiro. “Não podemos fraquejar”, acrescentou.

 

Vânia Rodrigues

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